Bienal do Livro de São Paulo acontecerá em Julho com Portugal como país convidado

Uma comitiva de 21 escritores e dois chefs compõe a programação portuguesa do evento, que tem por mote a frase “É urgente viver encantado”. A curadoria é da jornalista e escritora Isabel Lucas, colaboradora do PÚBLICO.

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Logotipo da participação de Portugal como país convidado da Bienal do Livro de São Paulo dr

“É urgente viver encantado”, uma frase do escritor português Valter Hugo Mãe, dará o mote à participação portuguesa na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Brasil, de 2 a 10 de Julho, em que Portugal será o país convidado de honra.

A jornalista, crítica e escritora Isabel Lucas, também colaboradora do PÚBLICO, é a curadora da programação de Portugal, que levará ao Brasil autores de língua portuguesa com obra publicada naquele país nos últimos meses ou com lançamentos previstos no âmbito da bienal, que costuma ser visitada por mais de 600 mil pessoas e ocupa um espaço de 70 mil metros quadrados. “Os escritores, ilustradores e chefs da comitiva portuguesa estarão em diálogo com autores brasileiros, num programa que contribuirá para promover o conhecimento e o interesse pela literatura portuguesa, e também por Portugal enquanto destino literário, cultural e turístico”, segundo o comunicado da Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB).

A comitiva composta por 21 autores oriundos de Portugal, mas também de países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste, inclui os escritores Afonso Cruz, António Jorge Gonçalves, Dulce Maria Cardoso, Francisco José Viegas, Filipe Melo, Gonçalo M. Tavares, Joana Bértholo, José Luís Peixoto, Kalaf Epalanga, Lídia Jorge, Luís Cardoso, Maria do Rosário Pedreira, Maria Inês Almeida e Matilde Campilho. Juntam-se-lhes a Prémio Camões 2021, Paulina Chiziane, Pedro Eiras, o humorista e cronista da Folha de S. Paulo Ricardo Araújo Pereira, o historiador Rui Tavares, Teolinda Gersão, Valério Romão e por fim, Valter Hugo Mãe. Também estão entre os convidados os chefs Vítor Sobral e André Magalhães.

Portugal terá um stand de 500 metros quadrados neste evento que foi criado em 1951 e que começou por chamar-se Feira Popular do Livro, tendo passado a Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 1961​. O espaço dedicado à edição e à literatura portuguesa neste ano de 2022 inclui um auditório, uma livraria, um espaço infanto-juvenil e uma zona multiusos, na qual serão apresentadas exposições com conteúdos diversificados.

A Bienal é organizada pela Câmara Brasileira do Livro e reúne stands das principais editoras, livrarias e distribuidoras de livros do Brasil. A programação deste ano estará dividida em torno dos seguintes eixos: “Salão de Ideias” (dedicado a temas contemporâneos), “Arena Cultural” (apresentação de bestsellers e realização de sessões de autógrafos), “Cozinhando com palavras” (projecto que associa gastronomia e literatura) e “Espaço Infantil”.

Antes da abertura da feira ao público, entre os dias 29 de Junho e 1 de Julho, vai realizar-se o programa profissional da Bienal, a “Rodada de Negócios”, com a participação de dez editores portugueses convidados pela Câmara Brasileira do Livro.

A presença de Portugal como país convidado da bienal brasileira foi anunciada em 2021 pelo Governo português, como parte de uma estratégica diplomática de “aprofundamento das relações bilaterais entre Portugal e o Brasil”. A organização é da responsabilidade do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, da DGLAB, do Turismo de Portugal, I.P. e da AICEP Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, entidades que integram o Grupo de Trabalho Interministerial para a organização de Feiras do Livro internacionais, em estreita colaboração com a Embaixada de Portugal no Brasil e com o Consulado-Geral de Portugal em São Paulo.

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