No Porto, a marcha feminista relembrou: “Somos mulheres, não mercadoria”

A convocatória foi feita pela Rede 8 de Março: “Por mim, por ti, por todas.” A chamada para que se saísse às ruas de todo o país no Dia da Mulher estava feita e milhares acederam. No Porto, a marcha começou na Praça dos Poveiros e terminou na Praça D. João I. Pelo caminho, as palavras de ordem que se fizeram ouvir: “Somos mulheres e não mercadoria”, “A nossa luta é todo o dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia”, “Trabalho sexual é trabalho”.

Com cartazes, faixas e bandeiras, exigiu-se o fim do machismo, da agressão contra as mulheres, contra a transfobia, exigiu-se segurança e respeito. “Mais do que um dia de celebração, que também o é, este é um dia de luta”, começou por dizer Ana Vasquez, uma das participantes da marcha. “Um dia de luta pelos direitos que as mulheres ainda têm por conquistar”, continuou. Um dia de “identificação com outras companheiras”, de “sentimento de união”, de “presença colectiva”. Dia de reivindicar direitos que deviam ser "muito fáceis de conseguir, logo à nascença", defende Ana Margarida Ferreira. A ideia é simples: "Lutar por um mundo mais equitativo e mais igualitário e mais capaz de nos abraçar a todos."