Ministros do desporto validam sanções à Rússia e Bielorrússia

Segundo os ministros do desporto europeus e de outras onze nações, nenhum dos dois países poderá organizar qualquer evento desportivo internacional e representantes seus, individuais ou colectivos, em âmbito local ou nacional, “devem ser proibidos de competir noutros países”.

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Reuters/FRANCOIS LENOIR

Os ministros do desporto da União Europeia e outros 11 países validaram nesta terça-feira todas as sanções aplicadas a atletas, clubes ou selecções que representem a Rússia e Bielorrússia, e incentivaram acções de solidariedade para manter vivo o desporto na Ucrânia.

“Encorajamos a comunidade desportiva internacional a continuar a mostrar a sua solidariedade para com o povo da Ucrânia, inclusivamente apoiando a continuação do desporto ucraniano sempre que possível”, assumiram, em declaração conjunta, na qual classificam como “abominável” a invasão consumada pela Rússia, com o apoio da Bielorrússia.

Segundo os ministros do desporto europeus e da Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Islândia, Japão, Liechtenstein, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido e Suíça, nenhum dos dois países poderá organizar qualquer evento desportivo internacional, enquanto representantes seus, individuais ou colectivos, em âmbito local ou nacional, “devem ser proibidos de competir noutros países”.

“Encorajamos todas as organizações desportivas internacionais e todos os organismos legais relevantes a não sancionarem atletas, treinadores ou oficiais que decidam rescindir unilateralmente os seus contratos com clubes russos, bielorrussos ou ucranianos, bem como a não perseguirem ou sancionarem organizadores desportivos que decidam banir atletas ou equipas seleccionadas pela Rússia ou Bielorrússia”, acrescentam.

De igual modo, “sempre que possível”, os Estados esperam “medidas apropriadas” para limitar o patrocínio e outros apoios financeiros de entidades com ligações aos dois estados prevaricadores. Estes desafios foram feitos a todas as federações desportivas internacionais.

“Estas restrições devem ser aplicadas até que a cooperação ao abrigo dos princípios fundamentais do direito internacional se torne novamente possível”, refere o documento.

O grupo de ministros justifica estas opções por considerar que “a guerra intencional, não provocada e injustificável da Rússia contra a Ucrânia, permitida pelo governo bielorrusso, é abominável e uma violação flagrante das suas obrigações internacionais”.

“O respeito pelos direitos humanos e as relações pacíficas entre as nações formam a base do desporto internacional”, sentenciam.

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