O cata-vento Costa ou o insustentável peso da “habilidade”

Costa sabe ganhar eleições. A questão é se ele sabe ganhar eleições quando não acredita no que está a fazer.

Escrevi há 12 dias nesta página que António Costa já não tinha vontade de ser primeiro-ministro, e escrevi nesta página há dez dias que, ainda assim, não acreditava que ele perdesse estas eleições, ainda que quisesse muito. Continuo a acreditar nisso, e explicarei porquê de seguida. Devo, contudo, admitir que António Costa, que tem fama de ser péssimo em campanha, está a esforçar-se bastante para se enterrar no dia 30, por uma razão que qualquer estudante de marketing político lhe explicaria com facilidade: quando faltam cinco dias para as eleições ainda ninguém percebeu o que é que Costa quer, ou o que é que vai fazer em caso de vitória, porque ele já disse tudo e o seu contrário.

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Escrevi há 12 dias nesta página que António Costa já não tinha vontade de ser primeiro-ministro, e escrevi nesta página há dez dias que, ainda assim, não acreditava que ele perdesse estas eleições, ainda que quisesse muito. Continuo a acreditar nisso, e explicarei porquê de seguida. Devo, contudo, admitir que António Costa, que tem fama de ser péssimo em campanha, está a esforçar-se bastante para se enterrar no dia 30, por uma razão que qualquer estudante de marketing político lhe explicaria com facilidade: quando faltam cinco dias para as eleições ainda ninguém percebeu o que é que Costa quer, ou o que é que vai fazer em caso de vitória, porque ele já disse tudo e o seu contrário.