Há uma velha tradição da política portuguesa que consiste em escolher a cada eleição um adjectivo pitoresco para casar com a palavra “maioria”. Os políticos, por regra, evitam o adjectivo “absoluta”, não só porque é difícil de alcançar, mas também porque parece um pedido pouco modesto. E também evitam o adjectivo “relativa”, porque não se faz grande coisa com ele, e parece falho de ambição. Donde, embora as maiorias ou sejam absolutas ou sejam relativas, ninguém pede nem uma coisa nem outra, e passam-se meses a brincar com o adjectivo favorito de cada eleição legislativa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Há uma velha tradição da política portuguesa que consiste em escolher a cada eleição um adjectivo pitoresco para casar com a palavra “maioria”. Os políticos, por regra, evitam o adjectivo “absoluta”, não só porque é difícil de alcançar, mas também porque parece um pedido pouco modesto. E também evitam o adjectivo “relativa”, porque não se faz grande coisa com ele, e parece falho de ambição. Donde, embora as maiorias ou sejam absolutas ou sejam relativas, ninguém pede nem uma coisa nem outra, e passam-se meses a brincar com o adjectivo favorito de cada eleição legislativa.