Ups, Joana Craveiro voltou a fazê-lo

Com Juventude Inquieta, o Teatro do Vestido ofereceu-nos mais uma obra-prima que resgata o bom nome do idealismo e nos põe a pensar como aqui se chegou e o que fazer para um dia destes arribarmos a algum lado onde a palavra progresso faça sentido.

Foto
A carga política de Juventude Inquieta não se tornou agitação e propaganda: espantoso FILIPE FERREIRA

Já ninguém se espanta, talvez por se ter tornado uma espécie de dado adquirido — estilo certificado de garantia —, mas de cada vez que sobe ao palco, mesmo quando o palco é um lugar outro que não a sala tradicional, o Teatro do Vestido usa o passado para melhor compreender o presente. Não é a única companhia a fazê-lo, porém, graças aos textos e à direcção de Joana Craveiro, e graças, principalmente, à sua singular visão artística, é, sem dúvida, a melhor, a mais estimulante, aquela cuja dramaturgia nos dá a mão e um empurrãozinho ao cérebro para, quase sempre com considerável dose de persuasão — que não deve ser confundida com delicadeza —, agitar o movimento das sinapses.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários