Rio defende grupo de missão para resolver assuntos pendentes entre Madeira e República

O líder social-democrata rejeitou que, tal como afirmou o seu adversário Paulo Rangel, queria ser vice-primeiro-ministro um executivo chefiado por António Costa.

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Rui Rio considera que Rangel "demonstra uma falta de preparação para o lugar a que se propõe" LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

O presidente do PSD que se recandidata ao cargo considerou esta terça-feira que deve ser criado um grupo de missão para resolver as questões pendentes entre a Madeira e a República e, posteriormente, haver no Governo central um interlocutor privilegiado.

Rui Rio falava aos jornalistas após um encontro com o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado (coligação PSD/CDS-PP), no âmbito da visita de dois dias à região dedicada à campanha para as eleições directas dos sociais-democratas.

O candidato afirmou que o município do Funchal tem alguns problemas, mas destacou uma “especificidade que tem a ver com o relacionamento da Região Autónoma, seja na parte do Governo Regional, seja na parte dos municípios, nesse relacionamento com a administração pública central e com o Governo da República”.

“Portanto, é evidente que nós temos de ter um canal de comunicação para as regiões autónomas, um pouco diferente daquilo que é o normal canal de comunicação da administração central e depois no continente a administração local”, apontou.

Para Rui Rio, deve ser criado, numa fase inicial do Governo, “um grupo de missão no sentido de avaliar todas essas questões pendentes” entre a Madeira e o Governo central.

Numa fase seguinte, “tem de haver um canal aberto”, sendo que “o ideal” é que o Governo tenha “um interlocutor privilegiado para as questões da Região Autónoma”.

“Eu percebo que isso é difícil para uma Câmara, mas para uma região autónoma não é difícil que haja um interlocutor no sentido de agilizar o diálogo”, reforçou.

Questionado, por outro lado, sobre a acusação do seu opositor interno, Paulo Rangel, de querer ser vice-primeiro ministro de António Costa, o líder social-democrata afirmou que “isso não tem pés na cabeça”, vincando que não entende neste momento como necessário em Portugal um Bloco central.

“Ninguém está a falar de uma coisa dessas. Portanto, é para tentar iludir as pessoas, para parecer que alguém o disse ou que alguém o quer”, sublinhou.

O candidato acusou ainda o adversário de andar aos “ziguezagues” na argumentação, o que “demonstra uma falta de preparação para o lugar a que se propõe”.

Rui Rio iniciou na segunda-feira uma visita de dois dias à Madeira, no âmbito da campanha para as eleições internas do PSD, agendadas para sábado. Além de Rio, é candidato o eurodeputado Paulo Rangel.

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