“Vamos fazer tudo para cumprir a meta de vacinação”, garante directora-geral da Saúde

A meta é vacinar os maiores de 65 anos elegíveis até ao dia 19 de Dezembro. Ficam de fora cerca de 800 mil pessoas desta faixa etária que tiveram a última inoculação há menos de seis meses.

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Graça Freitas esteve na manhã deste sábado a visitar o centro de vacinação de Odivelas LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afastou hoje o cenário de incumprimento da meta de vacinação dos idosos até ao Natal, com a terceira dose contra a covid-19, afirmando que “ainda falta mais de um mês”.

“Nós não sabemos se não será cumprida, o nosso objectivo é que seja cumprida, ainda falta tempo para o Natal. Nós temos que pensar que todos os dias contam, portanto quem não veio no dia em que deveria ter vindo não faz mal, tem oportunidade de vir, tem “casa aberta"”, disse Graça Freitas, reforçando que a Direcção-Geral da Saúde (DGS), o Ministério da Saúde e o núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19 estão a trabalhar em conjunto para atingir as metas, inclusive cumprir com o prazo de até 19 de Dezembro para a conclusão da fase de reforço da vacina para os idosos que são elegíveis para tal: maiores de 65 anos e com a última dose tomada há pelo menos seis meses.

Há mais de 800 mil pessoas com 65 ou mais anos que apenas vão poder receber a dose de reforço da vacina contra a covid-19 a partir do início do próximo ano. São todas aquelas que foram vacinadas com a segunda dose (ou a primeira, no caso da vacina da Janssen), a partir de Julho deste ano e que vão ter que esperar que passem seis meses para poderem ser imunizadas com a dose adicional. 

Numa visita ao centro de vacinação de Odivelas, instalado no Pavilhão Multiusos deste concelho do distrito de Lisboa, pelas 12h, acompanhada do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, do coordenador do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves, e do presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), a directora-geral da Saúde explicou que a modalidade “casa aberta” para vacinar os maiores de 80 anos, que está a funcionar este fim-de-semana, pretende também “recuperar pessoas que eventualmente não vieram na altura em que deviam”.

“Não vamos já agora, muito antes do Natal, ainda falta mais de um mês, dizer que não vamos cumprir a meta. Nós vamos fazer tudo, o Ministério da Saúde, o núcleo [de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19], todos, para que as coisas aconteçam, portanto não podemos dizer que não vamos atingir uma meta, temos que trabalhar para atingir a meta e temos que apelar às pessoas que vieram na primeira etapa da vacinação que venham também nesta”, declarou Graça Freitas.

O reforço da vacinação contra a covid-19, com a inoculação da terceira dose a pessoas com mais de 65 anos, “é importantíssimo”, frisou a directora-geral da Saúde, referindo que pode ser feito através da modalidade “casa aberta”, a funcionar este fim-de-semana para os maiores de 80 anos, ou através do auto-agendamento.

“O nosso apelo é para: vacinar, vacinar, vacinar”, reforçou a responsável da DGS, assegurando que há recursos para cumprir com o objectivo de vacinação, inclusive vacinas, enfermeiros e médicos, que vão sendo adaptados às necessidades.

Desde 18 de Outubro que está em marcha a co-administração das vacinas contra a gripe e a terceira dose da vacina contra a covid-19, que integra os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos e em situação de imunossupressão.

“Vamos a tempo de nos vacinar e o reforço para a covid-19 e a vacina da gripe são mesmo necessários, necessários para que cheguemos ao Natal e a todo o Inverno com mais segurança, com menos hipóteses e probabilidades de ir parar a um hospital, de ficar internado ou de ter morte, portanto o reforço é uma opção positiva, tem que ser feito e a vacina da gripe como era feita todos os anos também”, defendeu Graça Freitas.

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