Sem adversários, Ortega usa eleições na Nicarágua para consolidar a sua ditadura

Foram detidas mais de 40 personalidades ligadas à oposição, não deixando qualquer margem para surpresas nas eleições deste domingo. O clima de terror vivido no país é fruto de décadas de edificação de um dos regimes mais duros da América Latina.

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Camisolas com as figuras do casal presidencial da Nicarágua: Daniel Ortega e Rosario Murillo Jorge Torres / EPA

Nos últimos meses, o medo reinou sobre as ruas de Manágua. Uma coluna de opinião mais assertiva, um tweet menos pensado, o simples agitar de uma bandeira nacional – virtualmente qualquer manifestação de uma opinião crítica do governo do Presidente Daniel Ortega é hoje passível de ser punida com prisão imediata. São comuns as detenções policiais espectaculares em casas de políticos, empresários, jornalistas ou estudantes. O objectivo: garantir que aquilo que se irá passar este domingo na Nicarágua seja tudo excepto uma eleição em liberdade.

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