Portugal vai à final do Mundial de futsal

Selecção portuguesa estreia-se no jogo do título, depois de triunfo sobre o Cazaquistão. A Argentina será o adversário do próximo domingo.

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Zicky Té em acção durante o Portugal-Cazaquistão das meias-finais do Mundial de futsal EPA/TOMS KALNINS

Pela primeira vez na sua história, a selecção portuguesa vai à final do Mundial de futsal, depois de ter derrotado nesta quinta-feira o Cazaquistão por 4-3 nos penáltis (após empate 2-2) no Arena Zalgiris em Kaunas, na Lituânia. O actual campeão europeu terá agora pela frente, na final do próximo domingo, a Argentina, o actual campeão mundial, que derrotou o Brasil por 2-1 na outra meia-final.

Ao chegar a esta meia-final, a selecção orientada por Jorge Braz já estava perto de igualar o seu melhor registo em Mundiais - chegara às “meias” em 2016, tendo sido eliminada pela Argentina, perdendo depois no jogo do bronze com o Irão, mas já tinha sido terceira em 2000, num Mundial com apenas oito selecções. Mas Portugal queria mais, o de chegar o mais longe possível e ter a possibilidade de juntar o título mundial ao título continental. Só que o Cazaquistão, conduzida pelos seus brasileiros de grande qualidade, como o guarda-redes Leo Higuita, o ala Taynan (que já jogou no Sporting) ou o fixo Douglas Júnior, é uma selecção bem difícil de ultrapassar.

Os portugueses dominaram a primeira parte, com mais intenção ofensiva e mais posse de bola, mas raramente conseguiram apanhar os cazaques distraídos. Depois de um empate sem golos ao fim dos primeiros 20 minutos, Portugal reentrou no jogo com a mesma disposição e foi desses momentos de agressividade na recuperação de bola que chegou ao golo. Foi aos 23’ que André Coelho ganhou uma disputa na zona do meio-campo, endossando-a depois na direcção de Pany Varela, que, com a baliza à sua frente e caminho desimpedido, rematou com pontaria: a bola bateu no poste e entrou.

Os cazaques tentaram aproveitar a tendência do seu guarda-redes em avançar no terreno para forçar situações de cinco para quatro no ataque e deixar os portugueses entrincheirados em frente à baliza de Bebé. Foi numa dessas situações que o Cazaquistão conseguiu empatar. A bola foi na direcção do segundo poste, João Matos falhou o corte e Nurgozhin, nas costas, fez o 1-1.

O jogo foi para prolongamento e os cazaques, impulsionados pelo golo do empate, entraram melhor, colocando-se na frente do marcador logo no primeiro minuto do tempo extra, um livre batido por Douglas Júnior directamente para o fundo das redes portuguesas. A selecção portuguesa levou algum tempo até reagir, mas forçou o ritmo na segunda parte do prolongamento e conseguiu o empate numa jogada de insistência de Pany, que foi até à área cazaque e deixou a bola para Bruno Coelho disparar sem hipótese para Higuita.

O empate subsistiu até ao prolongamento e, no desempate por penáltis, Portugal foi mais certeiro, ganhando por 4-3. Bebé defendeu um, Vítor Hugo defendeu outro e, no momento da decisão, Tiago Brito não tremeu, com o seu remate a qualificar a selecção portuguesa para uma final inédita.

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