Nenhum “tubarão”, um, dois ou até mesmo três. O sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, marcado para esta quinta-feira (17h), em Istambul, pode ser agradável para as equipas portuguesas (ainda que na Champions tal seja improvável), mas também pode tornar-se tudo aquilo que as equipas não querem – leia-se adversários de primeiro nível nos seus grupos.

O sorteio vai definir quem calha a quem e, sendo certo que a visão romântica poderá “pedir” tubarões, pelo mediatismo desses duelos e pela exposição de talentos para futuras vendas, é senso comum considerar que quanto mais acessíveis forem os adversários mais felizes serão os clubes portugueses. E sob esse prisma não será, teoricamente, um fim de tarde agradável para as equipas nacionais – muito menos para todas elas.

O Sporting, como campeão nacional, tem direito a estar no pote 1, reservado a seis campeões nacionais e aos vencedores da Champions e da Liga Europa. Está, portanto, livre de clubes como Chelsea, Bayern de Munique, Atlético de Madrid ou Manchester City.

Já o FC Porto e o Benfica, “clientes” do pote 3, sabem que não apanharão pela frente equipas como Ajax, Leipzig ou Atalanta, mas terão, por certo, uma formação do pote 1. Villarreal, vencedor da Liga Europa, e Lille, surpreendente campeão francês, serão, em tese, os adversários mais agradáveis.

Qual é o problema maior? É que o pote mais forte é, de longe, o pote 2. E desse sairão adversários para as três formações portuguesas. Entre Real Madrid, Barcelona, Juventus, Manchester United, Paris Saint-Germain, Liverpool, Sevilha e Borussia Dortmund haverá uma destas para cada equipa portuguesa.

Em tese, Real Madrid, Barcelona, Liverpool, PSG e Manchester United são de evitar, enquanto Sevilha, Juventus e Dortmund serão, no plano meramente teórico, os mais “simpáticos” – mas “simpático”, neste lote de equipas, é apenas um eufemismo.

No pote 4 há ainda uma “fava” que pode fazer a diferença entre um grupo equilibrado e um “grupo da morte”. Essa fava chama-se AC Milan.