Guarda afegão morto em tiroteio no aeroporto de Cabul

Segundo o Exército alemão, “houve uma troca de tiros entre guardas afegãos e atacantes não identificados na porta Norte do aeroporto de Cabul”. Três guardas terão ficado feridos.

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No caos vivido no aeroporto de Cabul, os EUA e forças internacionais continuam os seus esforços para retirar os seus cidadãos e afegãos vulneráveis US MARINES/Reuters

Um guarda afegão foi morto esta segunda-feira, no aeroporto de Cabul, num tiroteio que levou à intervenção das forças alemãs e norte-americanas, anunciou o Exército alemão.

"Houve uma troca de tiros entre guardas afegãos e atacantes não identificados na porta Norte do aeroporto de Cabul. Um guarda afegão morreu e três ficaram feridos”, indicou a mesma fonte, na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o Exército alemão adiantou que soldados alemães e norte-americanos “também dispararam posteriormente”.

A CNN avançou que um atirador furtivo do lado de fora do aeroporto disparou contra os guardas afegãos dentro do perímetro, que retribuíram os disparos. Mas a emissora continua que as forças norte-americanas também dispararam contra os guardas afegãos.

Dois responsáveis da NATO no aeroporto disseram depois que a situação estava sob controlo e que todas as entradas tinham sido fechadas.

O aeroporto tem estado em alvoroço desde que os taliban capturaram a capital, ao mesmo tempo que os EUA e forças internacionais continuam os seus esforços para retirar os seus cidadãos e afegãos vulneráveis.

Enquanto os taliban têm enviado combatentes para lado de fora do aeroporto, há soldados afegãos a ajudar as forças norte-americanas dentro do recinto.

Os taliban conquistaram Cabul em 15 de Agosto, culminando uma ofensiva iniciada em Maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

A tomada da capital levou milhares de pessoas ao aeroporto de Cabul para tentar fugir do Afeganistão, no fim de uma presença militar estrangeira de 20 anos dos Estados Unidos e dos aliados na NATO, incluindo Portugal.

Face à brutalidade e interpretação radical do Islão que marcou o anterior regime, os taliban têm assegurado aos afegãos que a “vida, propriedade e honra” vão ser respeitadas e que as mulheres poderão estudar e trabalhar. Os relatos que têm surgido, no entanto, mostram uma realidade diferente.

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