A nova série de Spike Lee, da pandemia ao 11 de Setembro, é uma crónica dolorosa e pessoal

NYC Epicenters, que acompanha as feridas e as curas de Nova Iorque ao longo dos últimos 20 anos, declina-se em quatro episódios de cerca de duas horas, com estreias semanais às segundas-feiras na HBO. O cineasta não resiste e acaba por pôr-se também frente à câmara.

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Spike Lee, fotografado pela filha Satchel Lee/HBO

Na nova série documental de Spike Lee sobre os últimos 20 anos de tragédias e conquistas em Nova Iorque, o melhor e o pior ficam para o fim. NYC Epicenters 9/11➔2021½ facilmente pode tornar-se “o documentário de Spike Lee sobre o 11 de Setembro”, embora seja também sobre a covid-19, e o ataque ao Capitólio, e o movimento #BlackLivesMatter, e Donald Trump, e o próprio Spike Lee (e o cinema de Spike Lee). É quando interroga os atentados que o realizador e nova-iorquino ferrenho se foca, olhos bem abertos sobre a linha do horizonte de uma cidade em que “estava um dia tão bonito”, “um dia maravilhoso”, como repetem as “testemunhas” (é assim que identifica os seus mais de 200 entrevistados), e de repente “era como um  filme”. O resto é história – contada por Spike Lee, auxiliado por oráculos vermelhos, enfáticos ou humorísticos, que enchem o ecrã e comentam a pandemia, o “Presidente Agente Laranja” ou o racismo.

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