Pedro Proença e o cartão do adepto: “Vamos todos ter de nos habituar”

Presidente da Liga de Futebol Profissional sublinha que se trata de uma imposição legal e mostra-se confiante num aumento da presença de público nos estádios.

Foto
Adriano Miranda

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, insiste que o Cartão de Adepto é uma realidade a que todos terão de se habituar. Em declarações feitas à margem da inauguração da primeira loja da Liga, em Matosinhos, o líder do organismo pronunciou-se sobre a polémica em torno da criação do Cartão do Adepto.

“É uma imposição legal e que a Liga está a cumprir, uma normativa imposta pelo Governo. Sabemos de antemão os inconvenientes que o cartão tem e, em devida altura, já colocámos as nossas questões, mas vamos todos ter de nos habituar”, referiu Pedro Proença.

Esta solução, que permite o acesso às zonas restritas nos estádios para as claques, tem colhido críticas de vários quadrantes e, na véspera do arranque do campeonato, motivou mesmo uma posição da Iniciativa Liberal. O partido entregou um projecto de lei na Assembleia da República em que propõe a revogação do cartão, com o deputado João Cotrim de Figueiredo a argumentar que esta é uma medida “ineficaz”, que “cria castas e adeptos, complica as deslocações a jogos fora, estigmatiza cidadãos através da burocratização do desporto e dificulta a vivência do desporto em família”.

O presidente da LPFP falou ainda dos incidentes nas bancadas do Estádio Municipal de Braga durante o encontro entre o Sp. Braga e o Sporting, no sábado. “Não têm mesmo lugar no futebol que queremos, um futebol positivo, em que as famílias são todas convidadas a estarem presentes. É verdade que a Liga tem feito um esforço muito grande para que o público possa voltar às bancadas, mas queremos que o futebol venha com brilho. Aquilo que se passou esta semana não é o que queremos que aconteça”, referiu.

Pedro Proença desejou ainda que o limite de 33% de ocupação das bancadas seja aumentado em breve. “As conversações entre a Liga e a Direcção-Geral da Saúde têm acontecido. Queremos que rapidamente os 33% subam, temos expectativa que no início de Setembro esses números possam ser revistos. Queremos trazer o público para os estádios e que esses números sejam incrementados”.

Sugerir correcção
Comentar