A bela viagem de Arooj Aftab ao mundo dos mortos

Recorrendo a poemas seculares, a cantora paquistanesa a viver em Nova Iorque oferece-nos em Vulture Prince um dos mais bonitos álbuns que ouviremos nos próximos tempos. Entre a tradição sufi, o jazz, a pop indie e o mais devastador luto.

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Arooj Aftab tinha já um cuidado e detalhado desenho mental do plano sonoro para o seu terceiro álbum quando, em 2018, o seu irmão e um amigo próximo desapareceram deste mundo. Ao longo de um ano, antes sequer de passar a delicada combinação entre harpa, guitarra acústica, contrabaixo e percussões aos músicos, a autora paquistanesa radicada em Nova Iorque tinha imaginado com todo o rigor a solução musical que resultaria desta equação aplicada a cada um dos temas que tinha em carteira. Depois, com a dupla tragédia pessoal que rebentou à sua volta, esse disco sonhado e que se encontrava em pleno processo de gravação esfumou-se. “Nesse momento, pensei que abandonava o projecto ou me dedicava a deprimir e a beber whiskey para sempre”, comenta Arroj em conversa com o Ípsilon.

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