Presidente do Barcelona explica saída de Messi: “O clube está acima de tudo”

Joan Laporta adianta que as regras do fair-play financeiro impediram a renovação de contrato com o avançado argentino.

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EPA/ALEJANDRO GARCIA

O presidente do FC Barcelona, Joan Laporta, veio a público nesta sexta-feira explicar que o clube não tinha alternativa a não ser deixar sair Lionel Messi, que fez toda a carreira nos “blaugrana” até à data, sob pena de agravar ainda mais a já precária situação financeira dos catalães.

O dirigente sublinhou que tanto o clube como o jogador tinham vontade de assinar um novo contrato, mas lembrou que os gastos com salários já representam 110% das receitas, o que significa que está o FC Barcelona está a gastar mais do que devia e que uma operação desta magnitude colocaria o emblema em risco financeiro. 

“O clube está acima de tudo, até acima do melhor jogador do mundo”, reiterou Laporta em conferência de imprensa, desvendando que houve duas propostas de renovação em cima da mesa: primeiro uma de dois anos pagável em cinco, depois outra de cinco anos de duração. Nenhuma das duas vingou, porém, por causa das regras de fair-play financeiro da Liga espanhola. 

A alternativa proposta pelo organismo também não agradou: “Para atender aos requisitos do fair-play financeiro, o Barcelona teria de concordar com uma operação, que essencialmente passava por voltar a hipotecar o clube, o que nos afectaria para os próximos 50 anos em termos de direitos de TV, e eu tinha de tomar uma decisão”, acrescentou Laporta.

De resto, o presidente do Barcelona argumentou que a situação financeira que herdou da anterior direcção é “muito, muito pior” do que antecipara. “Fizemos tudo o que era possível para manter Messi. Chegámos a um acordo, mas não pudemos formalizá-lo, por causa da situação económica e dos limites salariais. Não quero alongar-me sobre o que herdámos do passado, mas passámos de mau para pior”, finalizou.

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