Casais

Casais. Ninguém diga que é fácil. Mesmo que saibamos todos que não é impossível.

Não faço ideia se eram namorados, amigos, amigos coloridos, ou apenas dois estranhos unidos por uma circunstância casual, porque quando os vi a partir do interior do táxi onde estava, parado no semáforo, já ele segurava na mão dela, porque era cega, ajudando-a a atravessar a passadeira. A meio, quando o sinal já transitava para verde, ele escorregou, sendo ela que o amparou, impedindo que caísse. Nisto desataram os dois a rir, talvez porque naquela circunstância se confundiram os papéis sobre quem estava a ajudar quem, e eu e o taxista ficámos a olhar para os dois à nossa frente, sem trocarmos palavra. Não faço ideia o que ele julgou, mas eu pensei que é bom ter uma mão à mão. E nisto deram mesmo a mão e lá foram, enquanto o semáforo ficou verde.

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