A Terra Prometida não é um lugar, é um caminho que se ilumina

A estreia a solo de Jónatas Pires, que conhecemos como vocalista dos Pontos Negros, conjuga E Street Band com Pessoa e Bruno Vieira Amaral, é explosão rock’n’roll grandiloquente e comovente balada íntima. Um álbum de esperança em tempos conturbados.

Foto
Vera Marmelo

A terra prometida está lá à frente, entre luz e sombras, e nunca teremos por certo se alguma vez a encontraremos. Ainda assim, que nos resta senão caminhar? A terra prometida tem atrás de si as ruínas que deixámos, despojos da caminhada que não deveremos nunca esquecer – que fazer de nós sem elas?  Terra Prometida, o disco que marca a estreia a solo de Jónatas Pires, músico que conhecemos lá longe em 2005, noutra vida, enquanto um dos Pontos Negros, é o espaço onde o som e a ética da E Street Band se cruzam com o imaginário literário de Bruno Vieira Amaral. É o álbum de alguém que acredita na esperança como fermento da vida, mas que não se deixa cegar pelas crendices da estação, “aquela esperança que se resume a uma hashtag”, como define Jónatas ao Ípsilon. “Dizemos ‘vai ficar tudo bem’, fechamos os olhos, e amanhã acordamos para ver se ficou ou não”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar