A carta de Bruce Springsteen para os que partiram e para os que estão

Em mais um gesto de revisitação da sua própria vida, o músico norte-americano regressou aos discos com a E Street Band para celebrar a vida partilhada com os companheiros de estrada. Letter to You parte de desaparecimentos, mas centra-se num caminho comum.

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Danny Clinch

Não existem quaisquer indícios que o sugiram, mas não espantaria que Bruce Springsteen tivesse descoberto, nos últimos anos, a catedrática das arrumações Marie Kondo. Depois de ter lançado, em 2012, Wrecking Ball, puxado por uma canção que leva tudo à frente como We take care of our own, um daqueles temas em que Springsteen é mestre ao injectar uma energia e desejo de acção transferidos para o ouvinte à medida que ele galga cada verso e cada compasso, o músico de New Jersey foi, aos poucos, arrumando a casa. O primeiro sinal de que tinha começado a reflectir sobre o trajecto que o levou de filho de uma modesta família de linhagem ítalo-irlandesa até estrela planetária — cujas canções celebravam e questionavam em igual medida a identidade e os valores basilares norte-americanos —, chegou na magistral autobiografia Born to Run.

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