Vieira, Vara e Granadeiro: é tudo verdade, mas não é crime

No universo do colarinho branco, já não se trata de negar os factos. O que se trata é de negar a interpretação dos factos.

Há coincidências que nos ajudam a perceber o país, e uma delas ocorreu esta semana, e logo a triplicar: 1) o advogado de Luís Filipe Vieira, Magalhães e Silva, foi à TVI dar explicações acerca do processo que envolve o seu cliente e clarificou aquela que será a sua defesa; 2) Armando Vara foi condenado a dois anos de prisão no âmbito da Operação Marquês e o seu advogado prometeu recorrer considerando que a sentença “está cheia de moralismo, mas não respeita o Direito”; e 3) Henrique Granadeiro foi a tribunal prestar declarações no âmbito de um julgamento de Ricardo Salgado, assumindo que em 2011 recebeu oito milhões de euros do Grupo Espírito Santo sem que essa transacção tivesse sido registada, argumentando que “a maior parte dos contratos são verbais”.

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Há coincidências que nos ajudam a perceber o país, e uma delas ocorreu esta semana, e logo a triplicar: 1) o advogado de Luís Filipe Vieira, Magalhães e Silva, foi à TVI dar explicações acerca do processo que envolve o seu cliente e clarificou aquela que será a sua defesa; 2) Armando Vara foi condenado a dois anos de prisão no âmbito da Operação Marquês e o seu advogado prometeu recorrer considerando que a sentença “está cheia de moralismo, mas não respeita o Direito”; e 3) Henrique Granadeiro foi a tribunal prestar declarações no âmbito de um julgamento de Ricardo Salgado, assumindo que em 2011 recebeu oito milhões de euros do Grupo Espírito Santo sem que essa transacção tivesse sido registada, argumentando que “a maior parte dos contratos são verbais”.