Ausência de Xhaka reforça o favoritismo da Espanha

O capitão da Suíça foi decisivo no triunfo dos helvéticos contra a França, mas falhará a partida em São Petersburgo dos quartos-de-final por acumulação e cartões amarelos. Espanhóis estão na máxima força.

Foto
Seferovic não terá o apoio de Xhaka contra a Espanha Reuters/JUSTIN SETTERFIELD

Quatro dias depois de saírem como vencedores dos dois jogos mais electrizantes dos oitavos-de-final do Euro 2020, Suíça e Espanha, que estiveram longe de deslumbrar na fase de grupos, vão estar na tarde desta sexta-feira (17h, TVI) frente a frente em São Petersburgo.

A um pequeno passo de garantirem um lugar na cimeira de Londres, onde, a partir da próxima terça-feira, se vão disputar as meias-finais e a final do Euro 2020, Vladimir Petkovic terá uma baixa de peso com a ausência por castigo de Granit Xhaka, capitão e um dos pilares da Suíça, enquanto Luis Enrique não têm qualquer impedimento para escolher o seu “onze”: a Espanha estará na máxima força no Norte da Rússia.

Chegaram à última jornada da fase de grupos sem qualquer vitória e com a sobrevivência na prova presa por arames, mas, com um prolongamento à mistura, a Suíça (seis golos) e a Espanha (dez golos) conseguiram nos dois últimos jogos resolver os problemas ofensivos e nesta sexta-feira, em São Petersburgo, basta um golo para que os espanhóis igualem o melhor registo ofensivo em fases finais de Mundiais ou Europeus: 12 golos.

Perante este registo e com a equipa espanhola menos pressionada após as muitas críticas que recebeu após empatar em Sevilha com a Suécia e a Polónia, Vladimir Petkovic saliente que a sua selecção terá que “ter fome de vencer e o desejo de chegar à próxima fase”. “A partir de agora, não posso dizer que estou satisfeito, porque para mim o próximo passo é sempre o mais importante. Queremos passar, mesmo que pela frente esteja a Espanha, um dos favoritos ao título”, sublinhou o seleccionador suíço.

O experiente técnico, que está no comando dos helvéticos desde 2015, define o rival nos quartos-de-final como “uma equipa técnica e trabalhadora”, mas, embora entregue aos espanhóis o favoritismo e não tenha um dos seus principais trunfos – “Vai-nos fazer muita falta um jogador como o Xhaka” -, Petkovic refere que a Suíça não quer “ficar por aqui”, deixando um repto aos seus jogadores: “Quero ver todos os jogadores a dar um pouco mais de si. Só assim poderemos vencer uma equipa forte como a Espanha.”

Com um duplo confronto entre as duas selecções no final de 2020 para a Liga das Nações a servir como ponto de referência para ambos os lados – vitória da Espanha em Madrid (1-0); empate em Basileia (1-1) -, Luís Enrique aproveitou a antevisão dos quartos-de-final para deixar muitos elogios ao rival.

O antigo técnico do Barcelona destacou Petkovic, “um grande treinador”, e previu “um jogo muito complicado” contra uma adversário “muito difícil de vencer”. “Como bloco é uma das melhores equipas do Europeu, pelo grupo que é, pela forma como ataca e defende.”

Sobre a condição dos seus jogadores, Luís Enrique garantiu que a parte física não será um problema, uma vez que “os números do GPS são impressionantes”. “É muito mais emocional do que físico. Se estamos bem da cabeça, estamos bem fisicamente”, salientou o seleccionador espanhol, que garantiu que ainda não decidiu quem vai jogar: “Ainda não sei, decidirei amanhã [hoje]. Estou tão confiante que qualquer um pode jogar.”

Sugerir correcção
Comentar