Covid-19 em Portugal: mais uma morte e 1496 casos no domingo com mais infecções desde Fevereiro

Internamentos subiram perto de 18% na última semana. Há agora 477 pessoas internadas, mais 30 que no dia anterior, sendo que 116 estão nos cuidados intensivos (mais três).

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Internamentos em enfermaria e UCI continuam a aumentar Manuel Roberto

Portugal registou este sábado uma morte por covid-19 e 1496 casos de infecção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado neste domingo. É o domingo com mais casos desde 14 de Fevereiro, quando foram reportadas 1677 infecções.

O total de vítimas mortais sobe assim para 17.084 e o de infectados ascende a 874.547 desde o início da pandemia.

O relatório de situação actualizado indica que há 477 pessoas internadas, mais 30 que no dia anterior, sendo que 116 estão nos cuidados intensivos (mais três). O aumento nas hospitalizações é o maior desde o boletim da passada segunda-feira, que deu conta de mais 38 pessoas em enfermaria hospitalar no domingo em relação ao dia anterior.

Continua a tendência de subida no número de infectados internados, acompanhando o crescimento do número de casos: a 27 de Maio estavam 233 pessoas hospitalizadas devido à covid-19, menos de metade do que foi reportado este domingo, um mês depois. Só na última semana, os internamentos aumentaram perto de 18%, de 405 no relatório do domingo anterior para os 477 deste. Ultrapassado pico da terceira fase, em que perto de três mil infectados estiveram internados (no início de Fevereiro), os números chegaram a descer até um mínimo de 208 doentes covid em hospital, a 20 de Maio.

Há mais 475 recuperações, elevando o total de pessoas recuperadas para 825.684. Excluindo estes casos e os óbitos, Portugal conta agora 31.779 casos activos em Portugal, mais 1020. Também neste indicador se denota um aumento: o saldo de novos casos em relação a óbitos e recuperações não pendia tanto para um aumento de casos activos desde o relatório de 31 de Janeiro (mais 1684 casos activos no dia 30).

Lisboa e Vale do Tejo é novamente a região com mais casos identificados, com 958 nas 24 horas de sábado. Segue-se a região Norte, com 227 casos (e a morte reportada este domingo), o Algarve com 151, o Centro com 114, o Alentejo com 35 casos, a Madeira com sete e os Açores com quatro.

Os indicadores da matriz de risco, que servem para avaliar o avanço ou recuo no desconfinamento, só são actualizados nos boletins das segundas, quartas e sextas-feiras. Na matriz mais recente, o índice de transmissibilidade – o número de pessoas que são infectadas por alguém – desceu ligeiramente para 1,14 a nível nacional, e para 1,15 no território continental. No balanço anterior, o R(t) era de 1,17 em Portugal e de 1,18 no continente.

Já a incidência a nível nacional manteve a tendência crescente, sendo de 137,5 casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias. Se considerarmos só os registos do continente, a incidência situava-se em 138,7. Portugal continua, por isso, na “zona vermelha” da matriz. Com os casos a continuarem na casa dos milhares, a incidência cumulativa a 14 dias a nível nacional continua a aumentar e, segundo os cálculos do PÚBLICO, está este domingo perto dos 160 novos casos por 100 mil habitantes.

Nos últimos sete dias, houve em média 1357 notificações por dia de novos casos. É preciso recuar até ao final de Fevereiro (dia 24) para encontrar um valor semelhante.

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