Noah teve alta e já saiu do hospital. “Está óptimo”

A criança de dois anos que esteve desaparecida durante 35 horas está “óptima”.

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Aos jornalistas, Eugénia André reforça a ideia de que o menino está “óptimo”, e que durante o fim-de-semana “sempre brincou e nunca esteve deitado. Já faz a vida normal” LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

Noah, o menino de dois anos que esteve desaparecido em Proença-a-Velha durante mais de 35 horas, teve alta esta segunda-feira e já saiu do hospital, confirma ao PÚBLICO fonte do Hospital Amato Lusitano. A criança terá saído entre as 15h e as 15h30 do hospital.

“O Noah vai para casa ainda hoje”, diz Eugénia André, a directora clínica do hospital, acrescentando que “foi um final feliz”. “Noah esteve cá [internado] porque quisemos preservar um pouco a qualidade de vida dele como a reabilitação total. Hoje, esteve presente uma equipa multidisciplinar. Ou seja, uma pediatra, um assistente social e uma psicóloga reuniram-se, falaram com a família, e o planeamento da alta foi feito”, diz a directora.

Aos jornalistas, Eugénia André reforça a ideia de que o menino está “óptimo”, e que durante o fim-de-semana “sempre brincou e nunca esteve deitado”. E acrescentou: “Já faz a vida normal.”

A alta só foi planeada esta segunda-feira, porque, segundo a directora, durante o fim-de-semana as equipas não eram tão reforçadas como durante a semana, “nomeadamente a parte da psicologia e do assistente social”. “Hoje reuniram, planearam, e o Noah está clinicamente bem para ter alta.” As análises da criança estão agora normais, “está tudo controlado”.

Eugénia André realça que a família vai continuar a ter o acompanhamento que teve durante o internamento de Noah. “A criança está bem, com um óptimo relacionamento familiar, como os pais e com a irmã. Já brincou com eles, e [os profissionais] puderam ver que o relacionamento é bom”, diz ainda. “A família vai continuar a ser acompanhada por uma questão de precaução, porque tanto do ponto de vista psicológico e social”, explica a directora, reforçando que “em termos psicológicos estão todos bem”.

“Agora é tempo de reflectir”, diz. “Este episódio foi um incidente que acabou bem”, e que “poderia ter acontecido com todos nós, até comigo, que sou mãe”, exemplifica a médica. “Os pais têm consciência disso e não há nenhum juízo de valor a retirar daqui”.

“Nós, profissionais, vamos estar cá para dar esse apoio e para eventuais perguntas que a família possa ter”, reforça a Eugénia André, adiantando que acredita que os pais de Noah aceitem este apoio de bom grato.

A directora garante ainda que a permanência do bebé em internamento durante o fim-de-semana “partiu da equipa médica, não houve pressões”. “Logo no sábado sabíamos que ele não estava em perigo mas como queríamos fazer o primeiro acompanhamento da área psicológica e social ainda em internamento, ele ficou até esta segunda-feira.”

Eugénia Andrade pediu ainda à comunicação social que respeitasse a privacidade da criança e da família para que estes pudessem sair do hospital tranquilamente e longe de objectivas.

A criança foi encontrada às 20h de quinta-feira, sem roupa e a caminhar numa zona de mato por voluntários que estavam a ajudar nas buscas.

O capitão Jorge Massano, da GNR de Castelo Branco, disse que a criança foi encontrada a uma distância que, em linha recta, será de quatro quilómetros da casa dos pais, numa zona de mato, junto a uma linha de água. As autoridades ainda estão a apurar o que se terá passado, mas suspeita-se de que poderá ter andado dez quilómetros.

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