“Face à insolência da narrativa” de António Oliveira, PSD vai “exercer contraditório” na segunda-feira

Após uma reunião que se realizou neste sábado de manhã, a Aliança Democrática anunciou que se realizará uma conferência de imprensa na segunda-feira para responder ao agora ex-candidato.

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Oliveira foi candidato durante três meses Nelson Garrido

As estruturas locais do PSD de Gaia estiveram reunidas neste sábado de manhã para preparar uma resposta àquilo que consideram ser uma narrativa insolente partilhada na sexta-feira por António Oliveira, quando anunciou que não tem condições para se manter na corrida à Câmara de Gaia. O partido acusa o agora ex-candidato de não ter apresentado uma única ideia.

“Face à insolência da narrativa, de que sentimos vergonha alheia, estamos dispostos, pela primeira e única vez, a exercer o contraditório e a fazer a defesa da honra daqueles que, até à data, em nome dos superiores interesses dos gaienses, se mantiveram em silêncio”, lê-se no comunicado assinado por Cancela Moura, líder da concelhia do PSD de Vila Nova de Gaia.

“Durante três meses, António Oliveira reuniu uma única vez com os candidatos às juntas de freguesia, nunca apresentou uma ideia, quanto mais um projecto, nunca deu a cara e adiou por três vezes a apresentação pública. Infelizmente, nada aconteceu. Do putativo ex-candidato tivemos apenas o anúncio e agora o abandono, com uma comunicação inqualificável, que atenta a dignidade dos partidos e dos candidatos que integram a coligação”, continua o documento. As estruturas locais prevêem a realização de uma conferência de imprensa na segunda-feira, às 11h30, na qual pretendem dar a sua versão dos acontecimentos.

Tal como o PÚBLICO noticiou, as estruturas locais do PSD de Gaia estiveram reunidas neste sábado com os 15 candidatos às juntas do concelho Gaia para preparar a resposta a António Oliveira, que tinha o apoio do CDS e do PPM.

Na sexta-feira, o antigo seleccionador nacional partilhou uma nota a queixar-se de divergências insanáveis. "Ao longo de três meses, fui sujeito a pressões, intimidações e ameaças. Tentaram impor-me o pior da mercearia partidária e tentaram envolver-me nas mais inacreditáveis negociatas de lugares. Enfim, quiseram obrigar-me a empregar os beneficiários do rendimento mínimo da política”, escreveu o empresário. Mais do que uma desistência, Oliveira falou em “questão de higiene”.

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