OMS declara fim da segunda epidemia de Ébola na Guiné-Conacri

Doença tinha reaparecido no país africano no final de Janeiro. Morreram 12 pessoas.

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Centro de tratamento de ébola em Beni, na República Democrática do Congo BAZ RATNER/Reuters

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Guiné-Conacri anunciaram este sábado o fim da segunda epidemia de ébola no país, cinco meses depois de a doença ter reaparecido.

“Tenho a honra de falar neste dia de declaração do fim da doença pelo vírus ébola” na Guiné-Conacri, declarou o responsável da OMS, Alfred Ki-Zerbo, durante cerimónia oficial, em Nzérékoré, onde a doença reapareceu no final de Janeiro.

“Gostaria, em nome do Chefe do Estado [Presidente Alpha Condé], de declarar o fim do ressurgimento da doença do vírus ébola na República da Guiné-Conacri”, indicou por sua vez o ministro da Saúde daquele país, o clínico geral Rémy Lamah.

Dezasseis casos foram confirmados e sete apontados como prováveis foram identificados durante esta última epidemia na Guiné-Conacri. Onze doentes recuperaram e 12 morreram, de acordo com um comunicado da OMS.
Um balanço anterior, datado de quinta-feira, apontava para cinco mortos.

“Baseando-se nas lições aprendidas com o surto de 2014-2016 e através de uma resposta rápida e coordenada, a Guiné conseguiu controlar este surto e evitar a sua propagação para fora das suas fronteiras”, congratulou-se o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Embora este surto de ébola tenha surgido na mesma região – África Ocidental –, graças às inovações e lições aprendidas, a Guiné conseguiu conter o vírus em quatro meses”, reagiu, na minha linha, o director regional da OMS em África, Matshidiso Moeti.

“Estamos ser mais rápidos, melhores e mais espertos na luta contra o ébola”, acrescentou. A epidemia de 2021 foi rapidamente derrotada por comparação com 2014-2016, período em que se propagou à Libéria e à Serra Leoa.

Entre o final de 2014 e 2016, a pior epidemia do mundo desde a identificação do vírus em 1976 matou mais de 11,300 pessoas, sobretudo na Guiné-Conacri (2500 mortos), Libéria e Serra Leoa, três dos países mais pobres do continente.

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