Actividade económica e consumo privado continuam recuperação em Maio

Segundo o Banco de Portugal, em Maio, a taxa de variação homóloga do indicador para a actividade económica foi negativa em 0,5%, recuperando face aos -1,7% de Abril. O indicador de consumo privado passou de 0,5% para 1,6%.

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Nicolau Botequilha

Os indicadores coincidentes mensais para a actividade económica e para o consumo privado voltaram a aumentar em Maio, face ao mês anterior, mantendo a trajectória ascendente iniciada em Agosto do ano passado, informou nesta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

Em Maio, a taxa de variação homóloga do indicador para a actividade económica foi negativa em 0,5%, recuperando face aos -1,7% de Abril, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de 0,5% em Abril para 1,6% em Maio.

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respectivo agregado macroeconómico, pelo que não reflectem em cada momento a taxa de variação homóloga do respectivo agregado de Contas Nacionais.

Ressalvando que a incorporação de nova informação poderá reflectir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que, “na actual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.

“Adicionalmente”, acrescenta, “o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo”.

A próxima divulgação será a 22 de Julho.

Na semana terminada em 13 de Junho, o indicador diário de actividade económica (DEI) – também divulgado pelo BdP – apresentou uma estabilização face à semana anterior.

A taxa bienal correspondente registou um aumento no mesmo período, sinaliza.

O DEI foi lançado recentemente pelo BdP para identificar “mais facilmente” alterações abruptas na actividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do BdP ou do Eurosistema.

Uma vez que a evolução recente do DEI se encontra “fortemente influenciada por efeitos-base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afecta de forma significativa a evolução homóloga da actividade em 2021”, a taxa bienal permite mitigar a influência destes efeitos-base ao acumular a variação, em dias homólogos, para um período de dois anos.

O DEI cobre diversas dimensões correlacionadas com a actividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas auto-estradas, consumo de electricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efectuadas com cartões em Portugal por residentes e não-residentes.

Conforme explica o BdP, a utilização deste tipo de dados de alta frequência “intensificou-se na sequência da crise desencadeada pela pandemia de covid-19”, já que, dado o “curto desfasamento” da sua divulgação face ao período de referência, permitem “identificar atempadamente alterações bruscas na actividade económica”.

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