Bruno Fernandes: “A nossa pressão é representar o nosso país”

Médio da selecção portuguesa destaca a qualidade da Alemanha, próximo adversário no Euro 2020, mas também a forma como Portugal vai encarar o jogo.

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LUSA/HUGO DELGADO

O médio Bruno Fernandes destacou nesta quinta-feira o “poderio individual” da Alemanha, próxima adversária da selecção portuguesa de futebol no Euro2020, mas observou que o terceiro golo à Hungria é a prova do que Portugal “consegue fazer”.

“O nosso objectivo passa por ganhar todos os jogos e o nosso foco é o próximo, frente à Alemanha. Temos de preparar ao máximo esse jogo. A nossa pressão é representar o nosso país, nada mais do que isso”, afirmou o internacional português, em conferência de imprensa, no Estádio Illovszky Rudolf, em Budapeste.

A dois dias do embate com os germânicos, em Munique, para a segunda ronda do Grupo F, Bruno Fernandes referiu que “todos os jogos num Europeu são difíceis”, desde logo quando se tem pela frente um adversário com a qualidade da “Mannschaft”.

“Temos visto algumas surpresas neste Europeu, mas todos os jogos são diferentes e as equipas jogam de formas diferentes. Sabemos do poder individual dos jogadores da Alemanha. Eles vão querer ganhar, mas nós também. O nosso objectivo é controlar o jogo, ter a bola e ganhar o jogo. Sabemos o que esperar da Alemanha”, disse o médio do Manchester United.

A qualidade dos germânicos é de tal forma reconhecida, que nem foi preciso recorrer à informação “privilegiada” de André Silva e Raphaël Guerreiro, internacionais portugueses que jogam na Bundesliga, ao serviço de Eintracht Frankfurt e Borussia Dortmund, respectivamente.

“Não precisamos de perguntar nada sobre a Alemanha. É uma grande selecção, com grandes jogadores. Não fizeram um mau jogo na estreia, mas a França é uma grande equipa também. Será um jogo muito difícil para nós, mas também para eles”, observou o jogador, de 26 anos.

"Aquele golo tem treino"

Na estreia no Euro2020, Portugal venceu a Hungria por 3-0, sendo que o derradeiro golo ficou na retina de todos os adeptos do futebol, pela qualidade da posse e circulação de bola, que terminou com o “bis” de Cristiano Ronaldo.

“Aquele golo tem treino, mas também é fruto da qualidade dos jogadores. Sabemos a capacidade que temos. É a demonstração do que a selecção portuguesa consegue fazer. Fazer um golo bonito, na sequência de uma jogada em que a bola só não passou por dois ou três jogadores nossos, prova que o ‘nós’ é muito importante para ajudar o individual a sobressair”, observou.

Com 103 golos nas últimas quatro épocas, 28 dos quais na última, pelo Manchester United, Bruno Fernandes recusou traçar uma meta pessoal para este Europeu: “A única meta que tracei é a de ajudar ao máximo a selecção como puder, seja com remates de fora da área ou dentro. O que interessa é que a bola entre.”

Apesar dos elogios a Cristiano Ronaldo, autor de dois golos frente à Hungria, o médio luso fez questão de reforçar que o colectivo é que vai ajudar Portugal a “atingir os objectivos”. “Ele está a ser decisivo. Marcou dois golos, todos sabem a qualidade que tem e também a facilidade que tem em marcar golos. Mas o mais importante é o grupo, cada um dar o melhor de si. Ele é mais um a dar o melhor”.

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