Esta peça não era para ser assim e a culpa, não nos falhe a memória, é de um fungo

Cordyceps, criado e interpretado por Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça, tem estreia absoluta marcada para os Festivais Gil Vicente, que arrancam esta quarta-feira. O fungo que dá nome à peça passou a infectar humanos e é o principal culpado pelo fim da democracia.

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O cenário proposto pelos actores fora já equacionado anteriormente no videojogo The Last Of Us A Oficina Festivais Gil Vicente 2021 / Paulo Pacheco
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Nesta distopia encenada há “uma grande conspiração à volta do cordyceps”, que poderá ser a origem “do fim da democracia” A Oficina Festivais Gil Vicente 2021 / Paulo Pacheco
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Em palco estão Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça A Oficina Festivais Gil Vicente 2021 / Paulo Pacheco

Alojado no organismo de um insecto (ou de outros artrópodes), o fungo cordyceps conduz um corpo alheio e comanda-lhe as vontades. Imagine-se a vida de uma azarada formiga cujos manejos lhe fogem do controlo: “Em princípio, fará este insecto afastar-se da sua colónia e procurar algum sítio alto onde a humidade é perfeita”; depois, “crava as mandíbulas nesse lugar até morrer”. O fungo sai-lhe das costas e “larga esporos para infectar mais formigas”. E se os infectados fôssemos nós?

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