Serviços rejeitaram projecto para a Tapada das Necessidades, mas inverteram posição a pedido do vereador

Sá Fernandes pediu a um director municipal, que dele depende, para rever um parecer que inviabilizava a aprovação das polémicas obras previstas para a Tapada das Necessidades por elas contrariarem o contrato de concessão. O director aceitou o pedido e escreveu no novo parecer que o fazia por solicitação do vereador. Depois o projecto foi aprovado. Sá Fernandes nega pressão sobre o director.

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Nuno Ferreira Santos

Técnicas, chefia intermédia e director municipal da Estrutura Verde rejeitaram, em 2017, o projecto de construção de vários edifícios na Tapada das Necessidades, em Lisboa, por entenderem que ele violava o contrato de concessão daqueles espaços, bem como o caderno de encargos do concurso realizado para escolher o concessionário dos mesmos. A aprovação do projecto pelo executivo de Fernando Medina só foi possível graças ao facto de o vereador José Sá Fernandes ter pedido àquele director municipal, Ângelo Mesquita, que alterasse o seu anterior parecer negativo, coisa que ele aceitou fazer, emitindo um novo parecer, desta vez favorável.

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