Cerca de 30 detidos em protesto contra poluição de aviões junto ao aeroporto de Lisboa

A PSP teve de retirar à força outros manifestantes que estavam a tentar cortar ao trânsito outras vias de acesso à Rotunda do Relógio. A circulação foi restabelecida por volta das 19h.

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LUSA/RODRIGO ANTUNES
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Cerca de uma centena de manifestantes barraram o trânsito na Rotunda do Relógio, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, durante a tarde de sábado, em protesto contra a poluição provocada pelos aviões. A iniciativa do movimento Climáximo, um grupo de activistas pelas alterações climáticas, obrigou à intervenção da PSP que deteve cerca de 30 manifestantes, segundo informação avançada pela SIC Notícias. 

Contactado pelo PÚBLICO, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa confirma que foram realizadas detenções, mas não conseguiu precisar o número. Às 19h, a circulação já tinha sido restabelecida. 

A manifestação começou por volta das 16h30 na zona de chegadas do aeroporto. Dali, o grupo rumou a pé até à Praça do Aeroporto, conhecida como Rotunda do Relógio, sempre vigiado pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Foi nesta zona, que os activistas decidiram bloquear o trânsito.

Imagens da RTP mostram vários manifestantes deitados no chão, de mãos dadas, para impedir a circulação de automóveis na zona. O objectivo era manter o bloqueio até às 22h. “Mais ferrovias, menos aviões”, “Transição justa, justiça climática” eram as palavras de ordem do movimento Climáximo.

“Ao mesmo tempo que a ciência e critérios de justiça social nos dizem que Portugal precisa de cortar as suas emissões de gases com efeito de estufa em 74% até 2030, o Governo mostra a sua hipocrisia ao prometer reduzir emissões aumentando-as, através da aviação”, afirmou Beatriz Rodrigues, porta-voz da acção, num comunicado em que anunciava o protesto. “A nossa casa está a arder, as pessoas menos responsáveis são as primeiras a sufocar, e o plano do Governo é ligar o fogão em vez de apagar o fogo”, prossegue Rodrigues.

A demonstração de sábado tinha como principal missão apelar ao decréscimo rápido da aviação. As reivindicações incluíam a proibição da construção de novos aeroportos em Portugal e um plano de electrificação total e extensão da ferroviária a todas as capitais de distrito portuguesas nos próximos três anos. 

Segundo o grupo, todas as reivindicações foram entregues ao Ministério das Infra-estruturas e Habitação a semana passada. Se metade das reivindicações de cada pilar fossem aceites, através de compromissos escritos, a manifestação teria sido desconvocada. 

Às 18h, depois de vários avisos, a PSP decidiu intervir para remover os manifestantes a bloquear os acessos. 

Não é a primeira vez que o grupo de activistas obriga à intervenção das forças policiais. No dia 5 de Outubro, os membros do movimento Climáximo também bloquearam a rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, durante várias horas, numa acção de desobediência civil para lutar contra a falta de acção política face às alterações climáticas. O mote era usar o feriado da implantação da República para “reivindicar a ‘res-publica'" (expressão latina para “coisa do povo” ou “coisa pública"), ou seja, a responsabilidade social pelo clima. 

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