“Diziam-me que o meu lugar era entre os surdos”: Sara desenha jóias para mostrar que “nada é impossível”

Sara Inês Serafim nasceu com surdez profunda bilateral, mas nem por isso desistiu de se propor a novos desafios, como o de criar uma marca de jóias. Num mundo onde as mãos falam e os olhos ouvem, a jovem de 26 anos gostava que todos soubessem um bocadinho da sua língua: a língua gestual portuguesa.

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Teresa Pacheco Miranda

Da vontade de mostrar que não há barreiras que não possam ser ultrapassadas, nasceu a marca de jóias Hoyara Jewellery, às mãos de Sara Inês Serafim. É na oficina da marca, em Vila Nova de Gaia, que encontramos a jovem de 26 anos. Sara nasceu com surdez profunda bilateral e as mãos auxiliam-na não só na comunicação, mas também a dar vida às jóias que fabrica. Na escola, chegou a ser vítima de bullying e discriminação por não ouvir. Hoje, orgulha-se de ser autónoma: propôs-se a ir mais longe e deixar de ter intérprete para conseguir, ela própria, comunicar com todos. 

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