Amor Fati de Cláudia Varejão vai estar em Junho no Festival de Roterdão

O festival está a celebrar a 50.ª edição, tendo decidido reparti-la em duas partes, uma em Fevereiro e outra em Junho, para tentar contornar as limitações impostas pela pandemia de covid-19.

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O filme foi rodado ao longo de dois anos em várias localidades portuguesas DR

O filme Amor Fati, da realizadora portuguesa Cláudia Varejão, foi seleccionado para o Festival de Cinema de Roterdão, nos Países Baixos, cuja segunda parte decorrerá em Junho, online e nos cinemas.

O festival está a celebrar a 50.ª edição, tendo decidido reparti-la em duas partes, uma em Fevereiro e outra em Junho, para tentar contornar as limitações impostas pela pandemia de covid-19.

A organização anunciou esta terça-feira a programação de Junho, entre os dias 2 e 6, que contará com mais de uma centena de filmes, entre os quais Amor Fati, “um documentário poético” de Cláudia Varejão, como descreveu o festival.

O filme, rodado ao longo de dois anos em várias localidades portuguesas, regista “histórias de amores inabaláveis que se expressavam, à primeira vista, em fisionomias semelhantes”, por exemplo, entre duas irmãs gémeas, entre uma mãe e um filho, entre um homem e o seu cavalo.

É “um atlas de histórias e emoções que expressam o meu sentimento pela humanidade e que tende a engrandecer diante da nossa vulnerabilidade, diante da morte”, afirma Cláudia Varejão na nota de intenções.

Em Fevereiro, o Festival de Roterdão programou vários filmes, conversas e um mercado de co-produções, que aconteceu apenas online, e atribuiu os principais prémios. Esteve também em competição a curta-metragem Tracing Utopia, da portuguesa Catarina de Sousa e do norte-americano Nick Tyson.

Em paralelo ao festival, decorreu o mercado de co-produções, para profissionais, para o qual foi seleccionado o projecto da longa-metragem de ficção Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra.

O festival fez ainda uma revisão a 50 edições, escolhendo outros tantos filmes a exibir online entre Fevereiro e Junho, entre os quais A Ilha dos Amores (1983), de Paulo Rocha.

O documentário anterior de Claúdia Varejão, Ama-san (2016), mereceu 75 exibições em festivais por todo o mundo e 17 prémios internacionais, entre os quais os galardões máximos do Doclisboa e do espanhol Play Doc, e uma muito honrosa carreira em salas para um documentário nacional. Amor Fati é a terceira longa-metragem de uma cineasta que começou pela ficção e se deixou seduzir pelo documentário.

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