Ler à luz do telemóvel

Foto
Satish Bate/Hindustan Times via Getty Image

Talvez tenha sido um sonho ou um testemunho distante. Numa sala de aula, do ensino secundário, muitos alunos liam Os Maias de Eça de Queirós em tablets e telemóveis. Com máscaras sobre os rostos, olhavam as superfícies e murmuravam parágrafos num distraído enfado. Da professora, não havia sinais. Desaparecera. Triste e apocalíptica, a cena prolongava-se num rumor repetido e sombrio que trazia à memória — sem razão aparente — cenas de O Estado das Coisas (1982) de Wim Wendes e La Jetée (1982) Chris Marker. Felizmente, naquelas leituras escolares, ninguém parecia doente ou moribundo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar