Sp. Braga punido com dois jogos de interdição

Clube minhoto foi punido na sequência de denúncia da associação de treinadores por incumprimento dos regulamentos na promoção de Custódio Castro, que em 2020 sucedeu a Rúben Amorim no cargo de técnico da equipa principal.

Foto
A 5 de Março de 2020, António Salvador apresentou Custódio Castro como sucessor de Rúben Amorim no cargo de treinador do Sp. Braga LUSA/HUGO DELGADO

O Sp. Braga foi esta quarta-feira punido com dois jogos de interdição do seu estádio, após queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), devido à falta de habilitações de Custódio Castro, anunciou o Conselho de Disciplina (CD).

Em comunicado, o órgão disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) dá conta da decisão de condenar o emblema bracarense com uma multa de 13.388 euros e a interdição de recinto desportivo por dois jogos.

Em causa está o incumprimento do contrato colectivo de trabalho acordado entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a ANTF, com a designação do antigo internacional português para o cargo de treinador da equipa principal, quando não tinha as habilitações necessárias para exercer no principal escalão.

Em Março de 2020, com a saída de Rúben Amorim, Custódio sucedeu ao actual treinador do Sporting, então com o segundo nível de formação, quando é exigido o quarto. No comunicado, o CD da FPF anunciou o arquivamento do processo disciplinar instaurado a Custódio e ao Sp. Braga, no qual estavam indiciados por falsas declarações e fraude.

A 5 de Março de 2020, a ANTF manifestou “indignação e repúdio” pela “transferência” de Rúben Amorim para o Sporting e pela sua sucessão, por Custódio, no Sp. Braga.

Em dois comunicados, um para cada contratação, são apelidadas de “tristes episódios” as duas contratações, considerando que estas desprestigiam “a imagem do futebol português e desvirtuam a verdade desportiva”.

“Lamentamos que num país com os melhores jogadores e treinadores do mundo, se continue a assistir, impunemente, a constantes atropelos à lei e ao Regulamento de Competições da Liga, desconsiderando - desvalorizando até - o esforço dos treinadores cumpridores”, pode ler-se no documento.

No comunicado referente à contratação de Custódio Castro, a ANTF descreve a situação como “uma vergonha”, por tratar-se “de situações reiteradas de desconsideração, desrespeito e afronta para com a secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, para com a Federação Portuguesa de Futebol, para com a própria Liga e para com os clubes e SAD cumpridores da lei e dos regulamentos”.

“São gritantes os constantes atropelos à lei e ao Regulamento de Competições da LPFP, sendo que, no presente caso, o treinador em apreço não possui sequer habilitações que lhe permitam ser adjunto da I Liga”, lia-se no referido comunicado.

Sugerir correcção
Comentar