O imposto sucessório da família Samsung é tão alto que vão doar os seus Picassos e Monets

Envolta num escândalo de corrupção e ainda a definir a sucessão na maior e mais rica empresa da Coreia do Sul, a família Lee deve 8,9 mil milhões de euros ao Estado. Vai agora doar uma das maiores colecções de arte privadas do mundo aos museus locais.

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Um dos produtos mais recentes da Samsung, um smartphone dobrável Rui Gaudêncio
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O presidente do grupo morreu em Outubro de 2020 Reuters/Jo Yong hak
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A Samsung é o maior conglomerado da Coreia do Sul Reuters/Kim Hong-Ji

A riqueza da família Samsung, cujo nome quase dispensa explicações sobre a área de negócio em que se distinguiu, é tanta e os impostos sucessórios na Coreia do Sul são tão elevados que após a morte do patriarca e presidente da empresa de tecnologia, Lee Kun-hee, os seus herdeiros têm a pagar 8,9 mil milhões de euros de taxas. Os Samsungs têm até amanhã, sexta-feira, para informar como vão pagar e, embora não se saiba ainda se vão vender acções da maior empresa do país ou recorrer a empréstimos, um dado já é certo: vão doar a museus valiosas obras de arte, nomeadamente um dos Nenúfares de Claude Monet ou um Retrato de Dora Maar de Pablo Picasso. A opinião pública sul-coreana está atenta à conduta do maior conglomerado do país e de uma das famílias mais poderosas da Ásia cujo filho pródigo está preso.

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