Dínamo Kiev quebra hegemonia do Shakhtar na Ucrânia

O treinador português Luís Castro, do Shakhtar, fica ligado à quebra do domínio da equipa de Donetsk, que tinha vencido as últimas quatro edições da Liga ucraniana.

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O treinador mais consagrado da história do Shakhtar Donetsk, o romeno Mircea Lucescu, conduziu neste domingo o rival Dínamo Kiev à conquista do título de campeão ucraniano, interrompendo a hegemonia da equipa comandada pelo português Luís Castro.

O Dínamo Kiev, que dependia apenas de si para confirmar o 16.º título de campeão, não só fez o seu papel e goleou por 5-0 o Inhulets, como ainda viu o Shakhtar Donetsk, segundo classificado, perder por 2-0 na visita ao Oleksandriya.

Illia Zabarnyi (4'), Artem Besiedin (14'), Viktor Tsygankov (48’ e 71') e Denys Popov (82') construíram a oitava vitória seguida do Dínamo, que, a três rondas do final, assegurou matematicamente o título, face aos 13 pontos de vantagem que tem sobre o Shakhtar.

Cinco anos depois, o emblema de Kiev volta ao topo do futebol ucraniano, colocando fim a uma série de quatro campeonatos vencidos pelo conjunto de Donetsk, todos com treinadores portugueses ao comando: Paulo Fonseca, em 2016/17, 2017/18 e 2018/19, e Luís Castro, actual “timoneiro”, que venceu na época passada (2019/20).

Para interromper a hegemonia do Shakhtar, o Dínamo “recorreu” ao experiente romeno Mircea Lucescu, de 75 anos, o treinador com mais jogos à frente da formação de Donetsk (536), a qual orientou durante 12 anos.

Entre 2004 e 2016, Lucescu levou o Shakhtar à conquista de oito campeonatos, sete supertaças e seis taças da Ucrânia, além da Taça UEFA 2008/09, razão pela qual a sua entrada no Dínamo, no arranque da temporada, gerou revolta e protestos nos adeptos da equipa de Kiev.

O romeno chegou mesmo a demitir-se do cargo, quatro dias depois da sua contratação, mas acabou por recuar na decisão, para consolidar o Dínamo Kiev como recordista de campeonatos na Ucrânia, ainda que continue a ser alvo de insultos por parte dos seus adeptos.

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