A estranha e surpreendente beleza de Ryley Walker

O músico que se tornou alguém estranha e deliciosamente inclassificável.

Foto
Ryley Walker encontra uma voz a partir de incongruências

Lá atrás no tempo em 2015, quando Riley Walker se nos revelou com Primrose Green, escrevemos sobre um disco “primorosamente interpretado”, uma “delícia sónica para os nossos ouvidos”. Alertámos, porém, para o facto de ser álbum de um músico que “ainda se esconde demasiado de si mesmo, refugiado que está no porto seguro que são os seus heróis”. Os seus heróis eram Nick Drake, John Martyn e demais luminárias dos anos 1960 e 1970 que partiam da folk para criarem uma linguagem sua — no caso de Drake, pela aguda sensibilidade e pela delicadeza posta em cada acorde, em cada verso cantado; no caso de Martyn pela forma como aproveitava a folk para, em tangente ao jazz, descobrir novos territórios pedindo para ser explorados. Terminávamos essa crítica com uma confissão: “Ansiamos (e tememos) pelo futuro de Ryley Walker”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar