Vasco Lourenço: “A Constituição foi a tábua de salvação da democracia”

Nos 45 anos da Constituição, o presidente da Associação 25 de Abril afirma que a Lei Fundamental “resistiu a ataques de toda a natureza, onde a sua desvirtuação tem sido tentada e algo conseguida”

Foto
Daniel Rocha

O coronel Vasco Lourenço, um dos “capitães de Abril” e presidente da Associação 25 de Abril, que representa os protagonistas da histórica revolução de 1974, saudou esta sexta-feira o 45.º aniversário da Constituição da República Portuguesa.  

“Ao longo destes 45 anos da sua existência, a Constituição tem cumprido bem o papel que os constituintes lhe reservaram. Resistiu a ataques de toda a natureza, onde a sua desvirtuação tem sido tentada e algo conseguida. Foi, em tempos conturbados, como os de má-memória em que tudo o que cheirasse a Abril era para destruir, a tábua de salvação da democracia e do estado de Direito”, lê-se num texto publicado na página oficial da associação na Internet.

Segundo Lourenço, “o Movimento das Forças Armadas (MFA) teve a preocupação de incluir no seu programa, apresentado aos portugueses e ao mundo no próprio dia 25 de Abril, a realização de eleições livres para uma Assembleia Constituinte no prazo de um ano” e, “mesmo enfrentando diversas tentativas de inviabilização desse objetivo, não hesitou perante as acções espúrias de alguns dos seus membros”.

“Apesar das várias revisões que a vêm desvirtuando, [a Constituição] continua a ser a maior das conquistas do 25 de Abril. Objectivo principal do 25 de Abril, sempre com a liberdade como pano de fundo, a democracia seria o farol que guiaria os capitães de Abril na prossecução dos valores que os haviam levado a tudo arriscarem e os lançara na extraordinária epopeia colectiva da libertação de Portugal e dos seus cidadãos”, declara Vasco Lourenço.

Sugerir correcção
Comentar