Polícia catalã deteve mais de uma centena de pessoas em seis dias de manifestações contra a prisão do rapper Hasél

Entre os detidos contam-se 32 pessoas que são menores de idade. Pela sexta noite consecutiva, houve arremesso de objectos e actos de vandalismo em Barcelona.

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A Generalitat da Catalunha passou a classificar os distúrbios em Barcelona como “puro vandalismo” EPA/ALENJANDRO GARCIA
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Pelo sexto dia consecutivo, as manifestações em Espanha motivadas pela prisão do rapper Pablo Hasél tornam-se no pretexto para actos de vandalismo e confrontação com a polícia. Na capital catalã, Barcelona, a concentração deste domingo voltou a terminar em arremesso de objectos e actos de vandalismo em frente à sede da Polícia Nacional, na Via Laietana​. Ainda não há dados oficiais do número de detidos e prejuízos.

As manifestações convocadas começaram de forma pacífica, mas, com o avançar da hora, “apenas ficam os delinquentes”, relata o El País. Nesta noite, entre os manifestantes figurava um cartaz onde se lia: “Ensinaram-nos que ser pacíficos é inútil”. A polícia da comunidade autónoma relatou aos órgãos de comunicação social no local que entre os manifestantes estão muitos menores. 

Depois de uma semana de manifestações, o registo dos Mossos d'Esquadra dá conta da detenção de 102 pessoas — destas 32 têm menos de 18 anos. Foram registadas 40 detenções só na noite de ontem. Ao longo da semana ficaram feridos 82 polícias, quase todos de forma ligeira.

A autarquia de Barcelona estima em 129 mil euros os prejuízos causados neste sábado pelos actos de vandalismo em mobiliário urbano, com vários contentores de lixo ardidos, e outras infra-estruturas. Já os comerciantes afectados pelas pilhagens e vidros partidos estimam em 750 mil euros os estragos desde o início das mobilizações.

A resposta a estas manifestações também tem originado repercussões políticas, com o aumento da tensão no interior do Governo espanhol. O Unidas Podemos, de Pablo Iglesias, tem recusado condenar as manifestações que se tornaram violentas, preferindo "apostar por resolver o problema de raiz”, optando pela alteração da lei que levou à prisão Pablo Hasél. 

A Generalitat da Catalunha (governo autonómico) passou a classificar os distúrbios em Barcelona como “puro vandalismo”, depois de numa primeira fase ter criticado a actuação dos Mossos d'Esquadra e, à direita, o Partido Popular aproveitou para lançar uma recolha de assinaturas para defender a actuação da polícia.

O rapper Pablo Hasél foi detido na terça-feira na Universidade de Lérida, na Catalunha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por, de acordo com a acusação, insultar as forças de ordem espanholas, glorificar o terrorismo e injuriar a monarquia espanhola.

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