Borussia Dortmund faz prova de vida em Sevilha

Alemães triunfam sobre a equipa de Lopetegui por 2-3, com dois golos de Erling Haaland.

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Haaland marcou dois dos três golos do Borussia Reuters/MARCELO DEL POZO

Em plena crise financeira e desportiva e com um treinador a prazo, o Borussia Dortmund deu nesta quarta-feira uma enorme prova de vida, triunfando na Andaluzia por 2-3 sobre o Sevilha em jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, e ganhando uma vantagem importante para o segundo jogo a 9 de Março.

Foi um triunfo de reviravolta, com o jovem avançado Erling Haaland a desfazer uma defesa sevilhana que se esperava inexpugnável – o norueguês marcou dois dos golos do Borussia e já leva 18 em apenas duas temporadas a competir na Champions.

Se do Dortmund não se esperava tal vitalidade no Ramón Sanchéz Pizjuán, do Sevilha não se esperava tamanha debilidade. A equipa de Julen Lopetegui trazia para este embate uma reputação de competência defensiva, sem qualquer golo sofrido nos seus últimos sete jogos. E os primeiros minutos até pareciam confirmar esta narrativa, com o Sevilha a colocar-se em vantagem logo aos 7’, numa boa jogada individual de Suso concluída com um remate que desviou na perna de Hummels e entrou na baliza de Hitz.

Era o melhor início possível para os andaluzes, confiantes no seu estilo de futebol pachorrento, de posse e circulação, mas sem grande velocidade no ataque à baliza alemã. É uma forma perigosa de encarar uma equipa que, com toda a crise que atravessa (anunciou recentemente prejuízos grandes e está em sexto na Bundesliga), ainda tem poder de fogo no ataque de fazer inveja a qualquer um.

A reacção do Dortmund, que teve o internacional português Raphael Guerreiro a titular, não demorou muito a acontecer. Aos 19’, Mahmoud Dahoud teve tempo e espaço para manobrar à entrada da área do Sevilha e arrancou um tremendo e indefensável pontapé para Bono.

A reviravolta veio pouco depois, aos 27’, numa bela combinação entre Jadon Sancho e Haaland que acabou com o primeiro golo do jogo para o norueguês.

Ainda antes do intervalo, mais uma perda de bola do meio-campo do Sevilha e mais um contra-ataque da formação alemã que deu golo. Desta vez, foi Marco Réus a conduzir a jogada e a deixar para Haaland, que não teve qualquer dificuldade para fazer o 1-3 aos 43’.

Lopetegui aparecia nas imagens com a cabeça baixa e percebia-se porquê: o Sevilha não conseguia ter resposta para os ataques fulminantes e certeiros do Dortmund, por mais posse de bola que tivesse.

O antigo técnico do FC Porto mudou bastante para a segunda parte, tirando um inoperante Rakitic por o ex-Sporting Gudelj, mas o Sevilha pouco ameaçou a defesa da formação germânica. Só aos 84’, quase do nada, é que a equipa da casa consegui minimizar os estragos. Livre batido do lado direito do ataque e directo para a área alemã, onde Luuk de Jong se movimentou de forma a ficar sozinho para fazer o 2-3. Os sevilhanos ainda tentaram mais nos últimos minutos e sustiveram a respiração por um possível penálti que o VAR não confirmou, mas nada se alterou.

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