Sorria, você está a ser enganado – desde 2016

As cativações de Mário Centeno, e agora de João Leão, não são mero fogo-de-artifício. São o fuzil, o gatilho e a bala que têm permitido ao governo e ao PS impor no imaginário colectivo a narrativa do “virar da página de austeridade”, enquanto mantêm o país há seis anos numa austeridade que, em muitos sentidos, é mais violenta do que no tempo de Passos Coelho.

Mário Centeno é um génio político. Convém assumi-lo com clareza, que as grandes verdades são para serem ditas. Na execução do Orçamento do Estado para 2016, Centeno descobriu a fórmula mágica que tem permitido ao PS governar nos últimos seis anos sem maioria absoluta, com o apoio da esquerda, quase sem sobressaltos sociais e mantendo-se sempre à frente nas sondagens. Essa fórmula mágica chama-se “cativações”, e o génio de Centeno está no aproveitamento político-poético da polissemia do verbo “cativar”. Primeiro, Centeno cativou a esquerda com promessas de dinheiro. Depois, cativou o dinheiro e deixou a esquerda entretida com as promessas. Tem sido assim desde 2016.

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Mário Centeno é um génio político. Convém assumi-lo com clareza, que as grandes verdades são para serem ditas. Na execução do Orçamento do Estado para 2016, Centeno descobriu a fórmula mágica que tem permitido ao PS governar nos últimos seis anos sem maioria absoluta, com o apoio da esquerda, quase sem sobressaltos sociais e mantendo-se sempre à frente nas sondagens. Essa fórmula mágica chama-se “cativações”, e o génio de Centeno está no aproveitamento político-poético da polissemia do verbo “cativar”. Primeiro, Centeno cativou a esquerda com promessas de dinheiro. Depois, cativou o dinheiro e deixou a esquerda entretida com as promessas. Tem sido assim desde 2016.