Covid-19: desce o número de concelhos no nível máximo de risco. Novos casos abrandaram em quase dois terços dos municípios

Há agora 219 concelhos no patamar máximo de risco, menos 15 do que na semana anterior. Cerca de 64% dos municípios registaram uma diminuição da incidência.

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Os dados da incidência a 14 dias que constam do boletim desta segunda-feira da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indicam que há 219 concelhos em Portugal no nível de “risco extremamente elevado”, menos 15 do que os da actualização anterior, um reflexo da redução do número de casos que foi notória na última semana. Ainda assim, correspondem a 71% dos municípios do país.

Nos 219 concelhos no patamar mais elevado, 208 já aí se encontravam na semana anterior, sendo que subiram ao último degrau de risco 11 concelhos. Em sentido contrário seguiram 26 concelhos.

O abrandamento dos contágios é a tónica dominante no país: dos 308 municípios, 197 verificaram uma diminuição do número de novos casos por cem mil habitantes entre 20 de Janeiro e 2 de Fevereiro, o equivalente a 64%. Isto faz com que a média da incidência por cada concelho tenha diminuído de 1551 novos casos na semana passada para 1441 na actualização mais recente (menos 110). Esta média não parava de aumentar desde os dados a 14 dias de 7 a 20 de Dezembro.

Verificou-se um aumento da incidência a 14 dias em 104 municípios e manteve-se inalterado o indicador noutros sete – entre os quais está Velas, na ilha açoriana de São Jorge, que tem registado uma taxa de incidência nula desde a quinzena de 30 de Dezembro a 12 de Janeiro.

Os dois territórios no topo da lista de concelhos com a maior taxa de incidência no país são os mesmos, mas trocaram de posição. O concelho de Penedono (Viseu), agora com 5789 novos casos por cem mil habitantes, trocou de posição com Castelo de Vide (Portalegre), que registou 6680.

Apesar da incidência muito elevada, Penedono protagonizou uma das maiores descidas na semana, registando agora menos 1698 novos casos do que na actualização anterior, quando ascendeu ao topo do indicador devido ao maior aumento nacional. Para isto contribui o facto de o município ter menos de três mil habitantes, pelo que variações de algumas dezenas de casos podem levar a flutuações muito significativas da taxa de incidência. O indicador de novos casos por cem mil habitantes a 14 dias é o método utilizado pela DGS para comparar municípios com diferentes realidades populacionais.

Na lista de concelhos com maior incidência, Castelo de Vide e Penedono são seguidos por Aguiar da Beira (Guarda), que mantém o terceiro posto, com 4751 novos casos por cem mil habitantes, São João da Pesqueira (Viseu) com 3607, Almeida (Guarda) com 4254, Sernancelhe (Viseu) com 3873, Fronteira (Portalegre) com 3766, Rio Maior (Santarém) com 3504, Tábua (Coimbra) com 3352 e Boticas (Vila Real) com 3081.

Destes territórios, três registaram das maiores subidas a nível nacional: Fronteira teve o maior aumento da semana, com uma subida da incidência de 3253; São João da Pesqueira teve um aumento de 1123, estando em quarto lugar com a mesma variação que Machico (Madeira) e atrás de Vila de Rei e Sabugal (mais 1474 e 1219, respectivamente); e Rio Maior, que passou de 2611 novos casos por cem mil habitantes entre 13 e 26 de Janeiro para 3504 na actualização mais recente (mais 893) teve a oitava maior subida.

Na lista antípoda, o município de Góis (Coimbra) foi o que teve a maior queda, de 3758 novos casos por cem mil habitantes para 1708 (menos 2050), seguido de Sernancelhe (menos 1928), Penalva do Castelo (menos 1884), Penedono e Aguiar da Beira (menos 1612).

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