FC Porto volta a empatar e a apontar o dedo à arbitragem

Os “dragões”, que jogaram a última meia-hora em inferioridade numérica, estiveram a vencer por 2-0 até ao minuto 87, mas deixaram escapar mais dois pontos.

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Reuters/PEDRO NUNES

Foram 60 minutos competentes a atacar e 27 minutos competentes a defender, mas nove minutos de desnorte resultaram em mais dois pontos perdidos pelo FC Porto. Com golos de Sérgio Oliveira e Taremi, os “dragões” pareciam ter o jogo sob controlo em Braga, mas uma expulsão de Corona — os portistas contestam o primeiro amarelo ao mexicano —, baralhou por completo a partida. Com a igualdade (2-2), Sp. Braga e FC Porto mantêm a distância (três pontos), mas o Sporting, que joga nesta terça-feira em Barcelos, tem agora a oportunidade de terminar a 17.ª jornada com a liderança segura por oito pontos.

A três dias de começarem a discutir, novamente em Braga, o apuramento para a final da Taça de Portugal, Carlos Carvalhal e Sérgio Conceição esqueceram o saturado calendário de Fevereiro e não fizeram qualquer tipo de gestão.

Depois de ter oferecido a meio da semana a titularidade a Piazón, Borja e Sporar, Carvalhal atacou o FC Porto sem reforços de Inverno e manteve o sistema de três defesas, entregando a Galeno a missão de fazer todo o flanco esquerdo e a Novais a responsabilidade de fechar o meio campo.

No FC Porto, já se sabia que Otávio continuava de fora, mas Conceição tinha uma novidade. O técnico apostou no “onze-tipo” quando não há o médio brasileiro, com uma excepção: Sarr foi a surpresa na esquerda da defesa.

Com a margem de erro reduzida, o FC Porto surgiu sem medo de assumir o controlo. A jogar depressa e bem, os “dragões” pressionavam à saída da área minhota e, aos 7’, uma displicência de David Carmo quase deu origem ao primeiro golo: Tormena evitou que Taremi marcasse.

Pouco depois, o Sp. Braga respondeu com uma boa oportunidade de Ruiz, mas quem estava por cima eram os “dragões” — Diaz, aos 13’, voltou a ameaçar colocar os campeões nacionais na frente.

A partir daí, a intensidade do jogo quebrou, mas perante um Sp. Braga apático, a supremacia era “azul e branca”. E o golo apareceu: Tormena derrubou Marega na área e Sérgio Oliveira fez o oitavo golo de penálti esta época.

Com a sua equipa a ser uma sombra daquilo que já mostrou ser capaz, Carvalhal manteve tudo na mesma após o intervalo e o resultado foi mais do mesmo. O FC Porto continuou por cima, as ameaças para Matheus sucederam-se e a pressão acabou premiada: aos 54’, Taremi mostrou a competência habitual na finalização.

Só aí, com dois golos de desvantagem, Carvalhal socorreu-se das opções que tinha no banco (entraram Sporar e Borja), mas a ameaça à tranquilidade dos “dragões” surgiu com uma decisão controversa de Soares Dias: Esgaio e Corona dividiram de carrinho uma bola e o árbitro, perante os protestos dos “azuis e brancos” que já tinham contestado o primeiro amarelo ao mexicano, mostrou o vermelho a Corona.

Com meia hora para jogar e em inferioridade numérica, o FC Porto mudou o chip e entregou o domínio ao adversário, mas a troca de papéis não pareceu retirar qualidade à exibição portista até que, aos 87’, Fransérgio reduziu.

A partir daí, viu-se, pela primeira vez, uma equipa “azul e branca” assustada e o desnorte dos “dragões” foi aproveitado pelo Sp. Braga: no quarto minuto de descontos, Gaitán fez o empate (2-2) e garantiu um ponto que, durante 87 minutos, foi uma miragem para Carvalhal.

Três dias depois de empatar no Jamor com o Belenenses SAD, o FC Porto volta a perder pontos na I Liga e a acabar o jogo com o dedo apontado à arbitragem.

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