Juiz reserva decisão de fiança para o designer Peter Nygard

Detido por várias acusações de exploração sexual, o magnata da moda canadiano enfrenta a possível extradição para os EUA.

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Uma das lojas da marca de Peter Nygard REUTERS/Shannon VanRaes

Uma juíza reservou a sua decisão, na quinta-feira, sobre a concessão de fiança ao magnata da moda canadiano Peter Nygard antes de uma possível audiência sobre a extradição para os Estados Unidos no processo em que o designer é acusado de tráfico sexual e de extorsão. A magistrada Shawn Greenberg informou que a sua decisão será proferida a 5 de Fevereiro.

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Uma juíza reservou a sua decisão, na quinta-feira, sobre a concessão de fiança ao magnata da moda canadiano Peter Nygard antes de uma possível audiência sobre a extradição para os Estados Unidos no processo em que o designer é acusado de tráfico sexual e de extorsão. A magistrada Shawn Greenberg informou que a sua decisão será proferida a 5 de Fevereiro.

A polícia canadiana deteve Peter ​Nygard, em Winnipeg, no dia 14 de Dezembro, a pedido do governo dos Estados Unidos, ao abrigo do tratado de extradição entre os dois países. 

Nascido na Finlândia, Peter Nygard cresceu em Manitoba, acabando por dirigir as suas próprias empresas de vestuário com o seu nome e tornando-se uma das pessoas mais ricas e influentes do Canadá. Há uno ano, a empresa internacional entrou com um pedido de insolvência no estado de Nova Iorque.

Oficiais de justiça norte-americanos alegam que o homem, de 79 anos, tinha desde 1995 usado a sua influência e negócios para "recrutar e manter” vítimas nos Estados Unidos, Canadá e Bahamas para se gratificar sexualmente e aos seus associados. O procurador Scott Farlinger argumentou que existe risco de fuga dada a sua riqueza, e que as acusações são demasiado graves para que o designer aguarde julgamento em liberdade.

Os advogados de Nygard, por seu turno, argumentam que o seu constituinte faz parte dos grupos de risco para a covid-19, dada a sua idade, sendo a prisão um dos espaços de fácil infecção. Para que o cliente possa ir para casa, com pulseira electrónica e vigilância, foram oferecidos 1,2 milhões de dólares canadianos (770 mil euros) em bens.