Knok knok e a humana imperfeição das máquinas

Em 2017, Armando Teixeira e Duarte Cabaça apresentaram-nos os Knok Knok, exploração musical em sintetizadores analógicos e bateria. Quatro anos depois, chega Gravidade, o segundo álbum. A exploração continua, bem como a reacção à projecção de perfeição, tão contemporânea, que nos assalta diariamente em som e imagem.

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Os Knok Knok nasceram daquilo que sobejou da Arqueologia dos Balla, ou seja, da música que não cabia e que “extravasava a canção”. Os Knok Knok foram criados como pesquisa livre: dois músicos, Armando Teixeira e Duarte Cabaça, a seguirem os caminhos indicados por sintetizadores, “máquinas sentimentais” que “não reagem sempre como o pretendido”. Os Knok Knok surgiram em 2017, data do primeiro álbum, homónimo, edição em cassete e em formato digital, entrada num mundo de viagem em modo sci-fi a um futuro vislumbrado desde lá atrás no passado — a arqueologia dos sintetizadores das décadas de 1970 e 1980 a resultar na exploração de novos caminhos, outros discursos (e eis a bateria a fazer-se o pulsar cardíaco da música). Quatro anos depois, reincidem com Gravidade. A viagem continua, o futuro continua tão misterioso como sempre.

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