DGPC recontrata arquitecto Jorge de Carvalheiro para Carta de Risco do Património

Direcção do Património justifica o novo contrato dizendo que ele estava previsto no Orçamento do Estado para 2020, “para dar sequência ao trabalho” iniciado de apoio na execução da Carta de Risco já preconizado no Orçamento de 2019.

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Portaria Filipina do Convento de Cristo, em Tomar SARA JESUS PALMA

O arquitecto Jorge Rodrigues de Carvalheiro foi contratado pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) para “apoio à elaboração da Carta de Risco do Património Arquitectónico e Arqueológico”, conforme a informação publicada na plataforma Base de contratação pública.

O contrato, em vigor até Novembro próximo, consta da plataforma online monitorizada pelo Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, é feito por ajuste directo com a DGPC, por “ausência de recursos próprios”, tem o valor de 12.014,80 euros, e foi celebrado em Novembro do ano passado.

Este é o segundo contrato da DGPC, para o mesmo efeito, com Jorge Manuel Castela Rodrigues Carvalheiro, depois do anterior, datado de Maio de 2019. À agência Lusa, a DGPC, através da sua assessoria de imprensa, justificou este novo contrato, afirmando que estava “previsto na lei do Orçamento do Estado para 2020”, “para dar sequência ao trabalho” iniciado de “apoio na execução da Carta de Risco preconizada na lei do Orçamento do Estado de 2019”.

Segundo a DGPC, Jorge Carvalheira “é um arquitecto que já tinha trabalhado” neste organismo, tendo “demonstrado qualidade no trabalho executado e capacidade de trabalho em equipa”. Sobre a contratação por ajuste directo, a DGPC afirma que se enquadra no Código dos Contratos Públicos, definido no Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de Agosto.

Jorge Carvalheira licenciou-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa, com um mestrado integrado, que terminou em Janeiro de 2011. A pré-existência na realidade do imaginário construído foi o título da sua dissertação de mestrado. Do seu currículo consta que estagiou no atelier Arquigest - Arquitectura e Gestão Lda., em Cascais, tendo, entre outros projectos, trabalhado na proposta para fábrica de indústria alimentar Santini, de 2011 a 2012.

Como arquitecto voluntário, trabalhou na DGPC, no Departamento de Estudos, Projectos, Obras e Fiscalização. Carvalheira desenvolveu estudos, projectos, obras de fiscalização e levantamentos métricos/arquitectónicos, em monumentos nacionais afectos à DGPC, como o Palácio da Ajuda e o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e esteve na instalação de laboratórios desta direcção-geral, em Xabregas, entre Fevereiro e Junho de 2014. Em 2017, participou na remodelação do armazém para instalação do laboratório de conservação e restauro do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), também em Xabregas.

Como trabalhador independente, colaborou com a empresa M.Nunes - Projectos e Instalações Eléctricas, S.A., em Santa Iria da Azóia, nos arredores de Lisboa. Entre Maio e Outubro de 2015, colaborou no desenvolvimento do projecto de arquitectura para um edifício de apartamentos na Avenida Marquês de Tomar, em Lisboa. De Novembro de 2015 a Dezembro do ano seguinte, fez parte da equipa de reabilitação de um apartamento, no bairro histórico lisboeta de Alfama.

Colaborou com o atelier AT08 Arquitectos, Lda., em Lisboa, entre Março e Maio de 2017, tendo feito parte do projecto de requalificação da Portaria Filipina, espaços conexos e instalações eléctricas no Convento de Cristo, em Tomar. Ainda segundo o currículo do arquitecto, ao qual a Lusa teve acesso, no último semestre de 2019 e até Março de 2020, esteve envolvido no projecto de uma moradia na Charneca da Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal.

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