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Vacinas Um guia para as vacinas da covid-19

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Vacinas

Um guia para as vacinas da covid-19

A campanha de vacinação em massa contra o coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, começou em várias partes do mundo. O PÚBLICO preparou um guia sobre que é uma vacina, como funcionam estas armas da medicina e as várias estratégias que se estão a usar.

Infografia | PÚBLICO
27 de Dezembro de 2020, 8:00
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A primeira vacina da história

A invenção da primeira vacina está ligada à variante bovina da varíola, que é mais suave. O médico inglês Edward Jenner (1749-1823) reparou que as mulheres que ordenhavam vacas não ficavam doentes com varíola humana. Pensou que talvez tivessem protecção contra a varíola humana por terem sido contaminadas pela varíola bovina.

Em 1796

O médico testou a sua hipótese ao inocular o filho do seu jardineiro (James Phipps) com material recolhido em erupções cutâneas de varíola bovina numa ordenhadora (Sarah Nelmes). O rapaz teve uma forma suave de varíola bovina e depressa recuperou. Mais tarde, o médico inoculou-lhe material contaminado com varíola humana, mas o rapaz não desenvolveu a doença. Tinha criado defesas contra o vírus da varíola humana. Inventava-se assim a primeira vacina – há mais de 220 anos. A palavra “vacina” vem de “vaca” em latim (“vacca”).

Em 1980

O último caso de varíola no mundo registou-se a 26 de Outubro de 1977 na Somália (em Portugal foi em 1958). Em Maio de 1980 – há 40 anos – a Organização Mundial de Saúde declarava oficialmente a erradicação desta doença que, só no século XX, matou 500 milhões de pessoas. O vírus só existe hoje em laboratório.

Como se cria imunidade a um vírus

Por infecção ou pela vacina

A imunidade a um agente patogénico (vírus, uma bactéria, um parasita) pode criar-se pela infecção natural ou pela vacinação. Quando somos infectados, o sistema imunitário começa a construir uma defesa contra esse intruso, que passa pelo fabrico de anticorpos específicos (moléculas) dirigidos a esse agente patogénico em concreto. A vacinação socorre-se deste princípio.

Os antigénios e os anticorpos

O sistema imunitário reconhece um agente patogénico como tal porque ele tem elementos identificativos à superfície, como se vestisse uma roupagem distintiva, digamos um casaco vermelho com uns botões amarelos. Esses botões amarelos, que permitem ao sistema imunitário identificar o intruso e desencadear uma resposta imunitária, são o que se chama “antigénio”. Especificamente para o antigénio de um determinado agente patogénico, o organismo irá fabricar anticorpos. No novo coronavírus, a proteína da espícula (ou spike) à superfície funciona como antigénio.

Resposta imunitária

O que é uma vacina


É uma substância que tem o objectivo de enganar o sistema imunitário, levando a crer que está perante um agente infeccioso real. As células imunitárias identificam essa substância da vacina como perigosa e desencadeiam uma resposta de protecção, à semelhança do que acontece quando o corpo humano é invadido por um agente patogénico. Numa vacina o que se faz é simular essa invasão, para induzir o sistema imunitário a criar uma resposta dirigida a esse invasor, sem que ele realmente lá esteja nesse momento.

O sistema imunitário tem assim tempo de preparar uma resposta específica e memorizá-la. No futuro, caso a pessoa vacinada seja realmente infectada, o sistema imunitário responderá com rapidez para a proteger da doença.


Métodos diferentes, o mesmo propósito


Os métodos para chegar a uma resposta imunitária induzida por uma vacina podem ser muito diferentes: os mais clássicos envolvem usar um agente patogénico inteiro (que está enfraquecido ou mesmo inactivado) ou subunidades desse agente patogénico (como uma das suas proteínas), injectando-os no corpo de uma pessoa. Os métodos mais novos envolvem usar um outro vírus (por exemplo, um adenovírus) como invólucro com informação genética do novo coronavírus lá dentro, ou o uso de gotículas minúsculas de gordura a encapsular as instruções genéticas de uma das proteínas do vírus. Com essas instruções, as nossas células passam a fabricar um pedaço do SARS-coV-2 que induz uma resposta imunitária.

Vivos, mortos e aos bocados


As vacinas das covid-19 estão a ser fabricadas com base em abordagens novas e clássicas: vírus (vivos) atenuados, vírus (mortos) inactivados e fracções de vírus. Dentro das novas abordagens, temos vacinas de vectores virais e vacinas de ácidos nucleicos.

Técnicas de produção de vacinas

As vacinas da AstraZeneca/Oxford, da Moderna e da Pfizer/BioNtech são das que mais temos ouvido falar. A vacina da Pfizer/BioNtech começa a ser distribuída por toda a União Europeia a partir de 27 de Dezembro. Já está aprovada no mercado norte-americano, tal como a da Moderna. Ambas são produzidas com a técnica de ARN-mensageiro (ARNm), a primeira vez que tal acontece.

Técnicas novas Técnicas tradicionais
  • Vectores virais
  • Ácidos nucleicos
  • Vírus atenuado ou inactivado
  • Partes do vírus


Vírus atenuado ou inactivado

Partes do vírus

Vectores virais (replicantes e não-replicantes)

Ácidos nucleicos (ARN e ADN)




Vacinas em desenvolvimento

Vacinas diferentes podem ter resultados diferentes: uma pode ser melhor para as populações mais velhas ou vulneráveis, enquanto outra pode ser melhor para os jovens. Uma pode prevenir a propagação do vírus, enquanto outra que a doença se torne grave. A facilidade de produção, transporte e conservação também pode ser importante para definir a escolha de uma vacina. Mais de duas centenas de vacinas da covid-19 estão em desenvolvimento.

Em 22 de Dezembro de 2020

172

estão em
FASE PRÉ-CLÍNICA

Experiências em laboratório em células e animais. Estudam-se as fórmulas e técnicas mais adequadas

22

FASE 1

A fórmula é segura? Tem efeitos secundários adversos? E desencadeia uma resposta imunitária? Procura-se determinar o caminho que o fármaco segue no organismo e a dose terapêutica.
Testes em grupos pequenos de pessoas saudáveis

23

FASE 2

Qual é a eficácia terapêutica da fórmula? Qual é a dose mais adequada? E a frequência da administração? Continua a avaliar-se a segurança.
Testes em grupos de pessoas mais alargados

16

FASE 3

Estudos mais demorados em larga escala, para completar dados sobre segurança, eficácia e benefício terapêutico. Quais as reacções adversas mais frequentes?
Testes em milhares de pessoas

FASE 4

Estudos após a comercialização, que poderão começar agora com o início da vacinação da covid-19 em massa da população. Recolhe-se informação adicional sobre o medicamento em uso na prática clínica. Quais os riscos a longo prazo? Os benefícios? Como melhorar o seu uso?
Testes em milhares de pessoas

Uma vacina em tempo-recorde

Tal foi possível porque…

• Os cientistas colaboraram e partilharam informação;
• A autorização para uso de emergência foi possível graças ao processo denominado “avaliação contínua” no qual as farmacêuticas foram partilhando com o regulador os resultados dos ensaios clínicos
• As farmacêuticas começaram a produzir a vacina em grande escala antes de completar todas as fases de ensaios clínicos e de haver garantia de autorização de comercialização e encomendas. Por essa razão, a distribuição e a operação logística começou a ser montada antes da autorização de uso de emergência


Fontes: The New York Times; The Washington Post; El País; Nature; Gomes, M. Carmo, Faculdade de Ciências, UL; Wired; GatesNotes


FICHA TÉCNICA

Textos: Célia Rodrigues e Teresa Firmino Pesquisa: Célia Rodrigues, José Alves e Teresa Firmino Infografia: Cátia Mendonça, Célia Rodrigues, Francisco Lopes e José Alves Desenvolvimento web: Cátia Mendonça, Francisco Lopes e José Alves Coordenação: Célia Rodrigues

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