África do Sul detecta nova variante do novo coronavírus

Investigadores notaram que variante dominou os resultados dos últimos dois meses no país. Atinge pacientes mais jovens, que desenvolvem formas graves da doença.

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Ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize Reuters/Sumaya Hisham

Uma equipa de investigadores sul-africanos, chefiada pelo professor Tulio de Oliveira, detectou uma nova variante do coronavírus SARS-COV-2 que atinge pacientes mais jovens, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde.

“A variante 501.V2 do vírus SARS-COV-2 foi identificada por investigadores sul-africanos e comunicada à Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse em comunicado o ministro Zweli Mkhize.

Segundo o governante sul-africano, a equipa de investigação científica sul-africana, liderada pelo professor Tulio de Oliveira, do Centro de Inovação e Pesquisa da Universidade do KwaZulu-Natal (KRISP, na sigla em inglês), sequenciou centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia em Março.

“Os investigadores notaram que uma determinada variante dominou os resultados dos últimos dois meses”, explicou Mkhize, salientando que notaram também uma mudança no panorama epidemiológico, “principalmente com pacientes mais jovens, que desenvolvem formas graves da doença”. “Tudo indica que a segunda vaga que estamos a atravessar é transportada por esta nova variante”, acrescentou o ministro.

Segundo o Zweli Mkhize, os investigadores alertaram também o Reino Unido para a identificação da nova variante sul-africana, o que permitiu “estudar as suas próprias amostras e encontrar uma variante semelhante”.

“Foi a variante que estava a impulsionar o seu ressurgimento em Londres, levando a um anúncio feito no Parlamento e ao bloqueio instituído em Londres para conter a disseminação dessa variante”, salientou.

Zweli Mkhize disse que não esperava uma segunda vaga da pandemia tão rapidamente no país, acrescentando que “embora a nova variante seja motivo de preocupação não há motivo para pânico”.

O ministro da Saúde sul-africano explicou ainda que a África do Sul irá também verificar se as vacinas actuais serão eficazes na prevenção da nova variante.

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