As dez recomendações da DGS para evitar contágios no Natal

Direcção-Geral da Saúde apela ao cumprimento das medidas em vigor nos concelhos e à redução substancial do número de contactos, restringindo-se, se possível, ao agregado familiar com que se coabita.

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Nelson Garrido

Para garantir que o alívio das restrições na quadra do Natal não descambe “numa curva de contágios novamente ascendente”, com repercussões na capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, o subdirector-geral da Saúde, Rui Portugal, partilhou, na habitual conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica no país, um conjunto de dez “recomendações práticas” a adoptar pelas famílias:

  1. Cumprir todas as regras que estejam em vigor nesta quadra em cada um dos concelhos, não só em termos de mobilidade, mas também quanto a aglomerações e ajuntamentos.
  2. Se estiver doente ou algum dos familiares estiver doente, ou se o isolamento profiláctico tiver sido determinado, “estas pessoas têm o dever e a obrigação de se manterem isolados e afastados de todos os outros”.
  3. Reduzir os contactos antes do início da quadra festiva e durante esse mesmo período. “Em vez de estabelecermos os nossos contactos e sociabilizarmos com um número vasto de pessoas, devemos reduzir esse número substancialmente. Em vez do grupo normal de contactos de dez ou 15 pessoas, passar a ter, durante esta temporada, contactos com apenas quatro ou cinco pessoas, além do agregado”.
  4. Reduzir o tempo de exposição em todos os contactos. “Em vez de estarmos juntos três ou quatro ou cinco horas, vamos tentar estar juntos e presentes mas num tempo mais limitado de uma, duas ou três horas e optando por usar os espaços exteriores”.
  5. Reduzir os contactos em termos de núcleo familiar. “A família que conta aqui é a dos coabitantes, aqueles que residem no mesmo espaço físico. Nesse sentido, devemos reduzir o máximo que pudermos os contactos com familiares não-coabitantes, os nossos irmãos, pais, tios, sobrinhos”.
  6. Preferencialmente, limitar todas as celebrações e contactos ao agregado com quem se coabita, tendo o contacto com outros membros pelos meios digitais, como computadores e telefonemas, “ou optando por visitas rápidas nos quintais de uns e de outros, no patamar das escadas dos prédios de uns e de outros, com uma troca simbólica de uma compota ou de algo que seja aprazível no contacto humano e de proximidade, mas sempre com distanciamento físico”.
  7. Manter distanciamento físico na preparação das refeições. “As cozinhas nesta altura serão locais de alto risco, visto que são os grandes espaços de convívio entre pessoas e familiares, e o distanciamento físico dever-se-á sempre considerar de 1,5 metros a dois metros, mesmo que seja entre familiares, desde que não-coabitantes”. E obviamente evitar os cumprimentos tradicionais.
  8. Arejar espaços e garantir a circulação de ar. “Os espaços de maior volume são espaços de maior protecção, mas não significa que sejam espaços de eliminação de risco. E, nessa perspectiva, esses espaços devem ser repetidamente desinfectados nas suas superfícies e nos objectos de maior partilha.
  9. Lavar e desinfectar as mãos frequentemente, respeitar a etiqueta respiratória, utilizar a máscara adequadamente em espaços fechados. “Se não conseguirmos garantir o distanciamento seguro, devemos sempre lembrar-nos que não é por serem nossos familiares que as pessoas representam menor risco relativamente ao que possa ser uma co-infecção nas nossas próprias casas”. 
  10. Evitar partilhar objectos comuns. “Atenção às partilhas de copos, talheres, etc.”, alertou ainda o responsável da DGS, para pedir igualmente contenção na ingestão de bebidas alcoólicas: “Escusado será dizer que se pretende nestes convívios uma utilização ‘moderada e racional’ de tudo o que possam ser substâncias que possam trazer maiores afectividades.”
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