Guarda-redes do Sevilha salva futuro imediato de Zidane no Real Madrid

Zinedine Zidane, cuja porta de saída do Real estava mais do que aberta, trabalha, por agora, um pouco mais tranquilo. No mínimo, até ao jogo europeu da próxima semana.

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O momento em que Bono entregou o jogo ao Real Madrid LUSA/Jose Manuel Vidal

O Real Madrid venceu o Sevilha neste sábado, por 0-1, em jogo da ronda 12 da Liga espanhola. Este resultado não surgiu por arte e engenho particulares da equipa da capital espanhola, que voltou a não fazer um bom jogo, mas mais pelo desempenho infeliz do guarda-redes Yassine Bono, que Lopetegui colocou na baliza do Sevilha um mês depois do último jogo do marroquino pela equipa.

E Zinedine Zidane, cuja porta de saída do Real Madrid estava mais do que aberta – uma vitória nos últimos cinco jogos e sem vencer no campeonato há três partidas –, trabalha, por agora, um pouco mais tranquilo. No mínimo, até ao jogo europeu da próxima semana.

Este resultado permite ao Real subir ao terceiro lugar do campeonato e colocar pressão no Atlético de Madrid (mais três pontos com menos dois jogos) e no Barcelona (a seis pontos do Real, também com menos dois jogos). Já o Sevilha pode terminar a ronda fora dos lugares europeus.

Em Sevilha, Yassine Bono mostrou desde cedo que não estava nos seus dias. Aos 5’, aliviou a bola contra Rodrygo e foi salvo por Diego Carlos, que cortou em cima da linha de baliza. Bono ainda largou a bola logo a seguir, quando tentava resolver o lance, mostrando intranquilidade total.

Aos 16’, o guardião voltou a falhar. Cruzamento de Kroos e o mau desvio do marroquino só por inabilidade de Casemiro impediu o Real de chegar à vantagem.

O Real controlou a partida durante grande parte do tempo, até ao intervalo, ainda que de lances perigosos pouco haja a registar: houve apenas uma boa jogada, aos 38’, com remate de Benzema.

Na segunda parte houve uma reacção do Sevilha, que veio do intervalo mais intenso na recuperação e com mais gente em zonas ofensivas, mas o “factor Bono” acabou mesmo por imperar, depois de duas ameaças na primeira parte.

Benzema e Vinícius combinaram entre linhas e soltaram Mendy, que cruzou rasteiro. Bono agachou-se para receber a bola nos braços, mas “adormeceu” perante a sagacidade de Vinícius, que se antecipou e desviou uma bola que ainda bateu no perdido Bono. E sorte teve o marroquino de não lhe ser atribuído autogolo neste lance.

Até ao final, o Sevilha dominou a partida – mais de 65% de posse de bola na segunda parte –, mas o mais parecido que houve com oportunidades de golo foi um livre o ex-Sporting Gudelj e um remate de Ocampos, defendido por Courtois.

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